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TERCEIRO DOMINGO NO ADVENTO<br />

mos que a mensagem de João Batista possui uma perspectiva<br />

criacional, re-criacional e histórica. Assim como a mensagem<br />

escatológica de João Batista, também os leitores de Mateus estavam<br />

sendo preparados para o Último Dia e da mesma forma nós leitores<br />

do texto de Mateus precisamos aprender a adotar a perspectiva<br />

escatológica da mensagem de João Batista e do próprio Jesus.<br />

O conteúdo da mensagem tem uma razão: um novo “êxodo” está<br />

em ação. Assim como o Filho de Deus volta do Egito (Mt 2.15), o mesmo<br />

deve ocorrer com o seu povo. Isaías já havia proclamado: preparem<br />

o caminho e abram estradas. No contexto de Isaías, o povo de<br />

Israel é consolado por Deus que o irá retirar da Babilônia, conduzindo-o<br />

de volta a Israel.<br />

Positivamente, Mateus descreve o resultado do ministério de João.<br />

Assim como Elias, João também é anunciador da história da Salvação<br />

conforme o próprio Jesus atesta (Mt 11.7-15). Para Mateus é importante<br />

conectar o ministério de João (e assim todo o AT) com o ministério<br />

de perdão de pecados de Jesus (Mt 1.26).<br />

Uma das dificuldades de interpretar o ministério de João está na<br />

complexidade ou sequência de acontecimentos, que para muitos é<br />

determinante. O importante é percebermos que a Palavra de Deus é<br />

anunciada através de João Batista e Deus está por trás deste anúncio.<br />

O verdadeiro arrependimento transparece numa complexa<br />

sequência de pregação de arrependimento, confissão de pecados e o<br />

sinal do batismo e depois a fé naquele a quem João está apontando.<br />

Esta sequência complexa não é temporal, mas simultânea e está no<br />

controle do próprio Deus.<br />

O batismo de João é diferente do batismo cristão. Mateus nos diz<br />

isso no final de evangelho (Mt 28.19). Mas, como marca da escatalogia<br />

inaugurada, o batismo é um selo de garantia para aguardarmos o julgamento<br />

vindouro para entrar no reino messiânico. E isto também vale<br />

para aqueles que ouviram João Batista e foram batizados por ele.<br />

A denúncia de João (7-10) é destinada aos fariseus e saduceus.<br />

Mateus não está muito preocupado em nos informar muito a respeito<br />

deles. Afinal, seus primeiros leitores conheciam os grupos muito bem.<br />

Sobre os fariseus, basta apontarmos que eles desenvolveram uma leitura<br />

oral das escrituras hebraicas em busca de “um caminho próprio”<br />

para aplicar os mandamentos de Deus a situações específicas do diaa-dia.<br />

Jesus os condena e aponta a correta interpretação da lei em Mt<br />

5.21-48. Já os saduceus enfatizam o livre arbítrio do homem e um de<br />

seus ensinos mais proeminentes era a negação da ressurreição.<br />

Se João havia convidado o povo a um novo êxodo até o rio Jordão<br />

para ser batizado, o nomismo dos fariseus e dos saduceus não teria<br />

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