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IGREJA LUTERANA<br />

mostrar elementos escatológicos como referências, o observamos<br />

dentro de um contexto no qual foi narrado, especialmente levando<br />

em conta o seu provável público-alvo. Alguns o colocam num gênero<br />

comparativo, considerando-o uma parábola, havendo discordância<br />

entre alguns teólogos. Vamos aqui fazer uma leitura na ótica de comparação.<br />

Ao observarmos o que antecede o texto, o capítulo 15 inicia com<br />

uma menção aos publicanos e pecadores que vieram ouvir Jesus (15.1),<br />

mas os fariseus não aprovaram tal atitude afirmando “este recebe<br />

pecadores e come com eles” (15.2). Jesus, diante disso, ensina a partir<br />

de parábolas que revelam a misericórdia de Deus para aquele que<br />

se arrepende dos seus pecados. Desta forma, há uma repreensão<br />

aos fariseus que se achavam “sem pecados”.<br />

Vejamos alguns caminhos de reflexão do texto:<br />

a) Comportamento humano – o rico e Lázaro têm comportamentos<br />

distintos; um se regala pelo que tinha e possuía sem se importar<br />

com o outro; Lázaro, por sua vez, vivia das migalhas que caíam da<br />

mesa deste. O rico acreditava que essa boa vida nunca terminaria e<br />

se orgulhava disso; Lázaro, que tinha como companheiro o cachorro<br />

que vinha lamber-lhe as úlceras, talvez esperasse pelo fim de sua<br />

vida ou de seu sofrimento.<br />

Vemos aqui soberba e humildade, duas posturas ou formas de<br />

encarar a vida. Naturalmente, cada uma tem o seu preço (conforme o<br />

texto). Os homens soberbos contribuem ou constroem as suas vidas<br />

numa ausência de solidariedade de uns para com os outros. Acreditam<br />

não serem atingidos com o mal. Os humildes, estes também os<br />

encontramos e dão um exemplo positivo para a sociedade. Sofrem<br />

em função disso, mas são coerentes com o seu viver em sociedade.<br />

b) Ambos morrem – este é o destino de todos e quando isso<br />

ocorre o destino já está traçado: céu e inferno. Por mais que o ser<br />

humano odeie a idéia da morte, ela é verídica e todos passam por<br />

ela. A fé leva o indivíduo a ter esperança da vida eterna, com Deus.<br />

Mas a ausência dela tem outro desfecho: derrota, sofrimento e morte<br />

eterna.<br />

Também vamos passar pela morte. E não retornaremos. Ec 9.4-6.<br />

c) A palavra continua sendo anunciada – “Moisés e os profetas”<br />

refere-se à Palavra de Deus sempre anunciada ao povo, desde a antiguidade,<br />

passando pelos séculos e que chegou até nós. Este é o<br />

ensino de Deus que transforma vidas no dia-a-dia. “Ouçam-nos” é a<br />

expressão final porque a “fé vem pela pregação, e a pregação pela<br />

palavra de Cristo” (Rm 10.17).<br />

d) O Evangelho é o “Cristo para todos” – isto está evidente nesta<br />

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