Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
APROXIME-SE DO ALTAR: UMA REFLEXÃO SOBRE A TEOLOGIA E PRÁTICA DA SANTA CEIA<br />
teologia. A questão não está relacionada simplesmente em estimular<br />
pessoas a honestamente verificar seu estado de arrependimento e<br />
seu entendimento da miraculosa presença de Cristo no Sacramento.<br />
Na verdade, seria razão para alguma esperança se todas as congregações<br />
da Igreja Luterana consistentemente fizessem um esforço para<br />
fazer pelo menos isso. Ainda assim, se isto é o mais longe que vamos<br />
em nossa prática da Santa Ceia, então nós somos culpados de interpretar<br />
mal o significado pleno da comunhão do Sacramento, culpados<br />
de encaminhar pessoas para um entendimento incorreto da unidade<br />
na confissão, e culpados por falhar no exercício do papel de<br />
“despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1). Não, para ser um<br />
despenseiro fiel do profundo mistério que é o Sacramento do Altar,<br />
deve-se levar em conta mais do que a compreensão sacramental daqueles<br />
que estão diante do altar. O simples teste que verifica a presença<br />
ou ausência de algo na “presença real” é inadequado. Para colocar<br />
isto de maneira direta: nem todo comungante digno segundo os<br />
princípios do Catecismo Menor é necessariamente um irmão cristão<br />
que deveria comungar em nosso altar.<br />
Deveria ficar claro que esta forma de elaborar a questão está em<br />
total concordância com a posição desenvolvida no documento de 1999<br />
da CTRE (Comissão de Teologia e Relações Eclesiais, da LCMS, USA),<br />
Admissão à Santa Ceia: fundamentos do Ensino Bíblico e Confessional. 2<br />
Reconhecendo a disponibilidade deste importante documento e recomendando<br />
enfaticamente seu estudo e ávida assimilação dos seus<br />
argumentos e conclusões, este estudo tentará evitar redundâncias ao<br />
considerar pelo menos duas áreas adjuntas de interesse teológico não<br />
tratadas exaustivamente no documento da CTRE: primeiro, a falha em<br />
compreender a responsabilidade de supervisão, e segundo, uma aplicação<br />
equivocada de “lei e evangelho”. Estes tópicos que constituirão<br />
a maior parte deste estudo, não foram escolhidos por acaso ou arbitrariamente,<br />
mas nascem de uma necessidade em dar atenção a questões<br />
que continuam a aparecer em torno das práticas de comunhão<br />
adotadas por congregações individuais em nossa igreja.<br />
Estas duas áreas de exploração adicional surgem diretamente<br />
de uma preocupação comum: o fato de que, apesar da sempre repetida<br />
posição da LCMS de implementar e encorajar a prática da<br />
comunhão fechada, estudos e evidências empíricas indicarem que<br />
2 Um relatório da Comissão de Teologia e Relações Eclesiais da LCMS: Admissão à Santa<br />
Ceia: Fundamentos do Ensino Bíblico e Confessional (St. Louis: The Lutheran Church-<br />
Missouri Synod, 2000), http://www.lcms.org/graphics/assets/media/CTCR/admisup.pdf.<br />
63