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IGREJA LUTERANA<br />

de e age com uma mentalidade do direito, oferecer uma decisão como<br />

essa ao indivíduo é razoável e fácil. É um pensamento comum: “Deixa<br />

cada um decidir. Isso é assunto entre o visitante e Deus. Eu estou<br />

apenas ministrando o evangelho, apenas entregando as hóstias”. Errado.<br />

O pastor é o mordomo. É sua a responsabilidade de convidar<br />

pessoas ao altar, excluir aqueles que não deveriam comungar e, claro,<br />

até mesmo recusar a comunhão àqueles que se apresentam de forma<br />

inapropriada. Isto não é fácil e nem divertido. Praticar a supervisão e<br />

administrar o Sacramento pode ser desconfortável e ter um alto grau<br />

de exigência. O pastor faria bem, então, em relembrar aqueles profetas<br />

antigos que freqüentemente se viam executando tarefas desagradáveis<br />

e impopulares, não por causa de sua escolha pessoal ou suas<br />

preferências, mas pela vontade do Senhor que os chamou e a quem<br />

eles eram compelidos a responder. Assim acontece com os servos do<br />

Senhor no século XXI, ou pelo menos assim deveria ser.<br />

A mudança do pensamento na prática da Santa Ceia exigirá mudança<br />

correspondente na maneira em que pastores e pessoas enxergam<br />

o ofício. Sim, pastores estão lá para proclamar o evangelho, distribuir<br />

o perdão dos pecados e confortar almas. Mas é claramente óbvio<br />

nas Escrituras e Confissões que eles estão também “lá” para administrar<br />

o ofício das chaves: para declarar culpados os pecadores, excluir<br />

os impenitentes e supervisionar a prática correta dos sacramentos.<br />

Comunhão funcionalmente aberta significa negligência pastoral. O corretivo<br />

para isto não é pastores agindo como ditadores, mas como<br />

despenseiros responsáveis administrando diligentemente os meios da<br />

graça de Deus, a fim de que o quebrantado seja curado e o impenitente<br />

seja admoestado. Como despenseiros, os pastores cuidarão também<br />

para que a Santa Ceia, a refeição que alimenta e liga a igreja a<br />

Cristo e um ao outro na unidade de sua confissão, seja celebrada por<br />

aqueles a quem ela é prometida: aos membros da igreja naquele lugar.<br />

Aqueles que não fazem parte daquela comunidade de fé específica,<br />

mas que estão presentes na celebração do Sacramento, deveriam<br />

aprender a perceber sua participação como privilégio e não como um<br />

direito. Eles deveriam pressupor que esta celebração não os inclui a<br />

não ser que eles sejam especificamente convidados a participar – vem<br />

daí o antigo costume, agora, porém, tipicamente desconsiderado, da<br />

prática de falar com o pastor antes da celebração. Para deixar mais<br />

claro ainda, supondo que essa conversa ocorra, é imperativo que o<br />

pastor não perpetue a noção errada de que se o visitante “crê em<br />

Jesus e na presença real”, então ele é bem-vindo. Há muito mais envolvido<br />

nisso e o pastor precisa comunicar este fato através de sua<br />

conversa e sua decisão ... e é sua decisão. Ao pastor foi confiado pelo<br />

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