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TERCEIRO DOMINGO APÓS PENTECOSTES<br />
mas que ainda havia lugar. Então, como última instância, o patrão<br />
enviou o servo para a região ao redor, para as rodovias e junto às<br />
cercas, tanto nas estradas principais como nos trilhos que passavam<br />
pelos campos, ao longo das beiras das estradas. Devia convidar, de<br />
maneira urgente e incisiva, a qualquer um que ali encontrasse. O objetivo<br />
expresso do patrão foi lotar sua casa. Mas quanto aos primeiros<br />
convidados, é feita a declaração solene, que nem um só deles iria,<br />
ao menos, sentir o gosto da festa que fora preparada com tanto carinho.<br />
Sob a luz do cumprimento do Novo Testamento, é claro o significado<br />
da parábola. O dono da casa é o próprio Deus onipotente, mas<br />
também o Senhor gracioso e misericordioso. Lutero assim escreve a<br />
respeito: “A pregação de Cristo é a grande e gloriosa ceia, para a<br />
qual ele chama os hóspedes para os santificar pelo seu Batismo, para<br />
os confortar e fortalecer pelo Sacramento de seu corpo e sangue;<br />
que não tenham necessidade de nada, que haja grande abundância<br />
e que cada um seja satisfeito”. O alimento a ser providenciado foi, por<br />
isso, o evangelho com todas as suas glórias, sim, o próprio Cristo, e<br />
nele completa justificação, perdão de pecados, vida e salvação. Quando<br />
Jesus veio ao mundo, chegara a hora da grande ceia (Gl 4. 4,5). Ele<br />
mesmo é o Servo do Senhor no sentido mais exclusivo (Is 42.1; 49.6;<br />
53.13;53.11). Ele preparou, tanto pessoalmente como por meio do<br />
arauto João Batista e pelos apóstolos, o convite que fora lançado<br />
pelos profetas, que o tempo chegara pelo qual todos os patriarcas e<br />
profetas haviam esperado ansiosamente, ou seja, que o reino de Deus<br />
lhes estava próximo. Cristo foi enviado aos filhos da casa de Israel, e<br />
foi a eles que foi tencionado seu ministério pessoal, visto serem o<br />
povo escolhido de Deus (Rm 3.2; 9.5). A promessa, primeiro foi<br />
publicada a eles e aos seus filhos. Cristo, visando isto, trilhou cada<br />
palmo da terra dos judeus, pregando o evangelho do reino. E os apóstolos<br />
levaram avante a sua obra, proclamando o evangelho primeiro<br />
aos judeus. Mas Israel, em seu todo, não quis nada com as gloriosas<br />
novas que pertencem à sua salvação, e recusaram o convite. Suas<br />
mentes estavam centradas em coisas terrenas, e eles esperavam um<br />
reino temporal do Messias. Desprezaram e rejeitaram o evangelho da<br />
graça de Deus em Cristo Jesus. Então Deus, em sua ira, se afastou<br />
deles. Jesus buscou os pobres e desconhecidos entre os judeus, que<br />
eram os espiritualmente enfermos, coxos e cegos. Chamou a si os<br />
publicanos e pecadores e assegurou-lhes que a salvação era deles.<br />
Os membros do rebanho de Cristo foram simples pescadores, antigos<br />
publicanos e pecadores que se corrigiram (1Co 1. 26-28). Por fim,<br />
Jesus, através de seus apóstolos e outros mensageiros, trouxe o con-<br />
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