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IGREJA LUTERANA<br />

A doença é sempre um aviso de que algo está errado. E o desfecho<br />

deste “algo errado”, motivado pelo pecado, é a morte, como no<br />

caso de Lázaro. Nos salmos podemos encontrar aquilo que podemos<br />

chamar de “olhos arregalados”, provocados pela angústia diante das<br />

incertezas do futuro, trazidas pela presença de alguma enfermidade<br />

(Sl 4.1; 18.6; 25.17, etc.). O fato de João apontar que já há quatro<br />

dias Lázaro estava sepultado tem por alvo ressaltar ainda mais o<br />

poder da Palavra de Jesus quando operou o milagre da ressurreição<br />

de seu amigo.<br />

V. 18: Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém.<br />

V. 19: Velório sempre mostra dois lados: luto, angústia, quem sabe<br />

revoltas e até tentativas de suicídio, de um lado, e solidariedade do<br />

outro lado. Estatisticamente é constatado que em ambiente de velório<br />

os corações estão mais receptivos à mensagem. Por isso velório e<br />

enterro podem e devem ser oportunidades também de “fazer missão”,<br />

de semear a Palavra. Qual o teor do consolo que os judeus<br />

vieram trazer a Marta e Maria? Ofereceram seus ombros para as enlutadas<br />

chorarem? Certamente. Apontaram para o Deus de Abraão,<br />

Isaque e Jacó, o Deus dos vivos e dos mortos? Provavelmente sim.<br />

A morte pode oferecer duas situações opostas: frieza e agnosticismo<br />

total tanto de quem está morrendo como de quem vai levar os restos<br />

mortais do ente querido à morada provisória do cemitério, ou profunda<br />

confiança, esperança e resignação, até “desejo de partir e estar com<br />

Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.23).<br />

Vv. 20-22: Marta, como sempre irrequieta e decidida, saiu ao encontro<br />

de Jesus, enquanto Maria, mais do tipo emocional e humana,<br />

permaneceu em casa, em silêncio, interrompido por soluços e choro<br />

(v. 33). Quis Marta forçar Jesus a uma decisão? Pode ser. Sempre que<br />

a vontade humana quer se impor a Deus e Deus não “cede”, podem<br />

haver decepções. Foi no caso do profeta Elias. Ele, após ter mandado<br />

matar os profetas de Baal, achou que a rainha e os idólatras se renderiam<br />

à vontade de Deus e Israel seria um país temente a Deus<br />

outra vez após o milagre da descida do fogo do céu. Nada disso<br />

aconteceu, pelo contrário, e ele, por temer a perseguição e a morte,<br />

fugiu. Neste período de fuga, ele experimentou profunda decepção<br />

com Deus (?) e entrou num estágio que hoje chamamos de depressão.<br />

Marta queria apressar as coisas? Pelo jeito, sim. De alguma forma,<br />

ela acreditava, Jesus daria um “jeito” de contornar a situação dolorosa.<br />

Mas quis interferir em Deus ser Deus.<br />

Vv. 23,24: A questão da ressurreição tem sempre os dois lados:<br />

Do primeiro está Deus, o Criador todo-poderoso. Com sua palavra ele<br />

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