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IGREJA LUTERANA<br />

reação de Maria, no v. 34); está de casamento marcado com José, da<br />

casa de Davi; recebe a saudação do anjo que a deixa perplexa e<br />

pensativa (com as palavras da saudação, e não com a visão em si,<br />

v.29); num segundo momento ela pede explicações; e, por fim, ela se<br />

coloca a serviço do Senhor. (Outra personagem, mencionada pelo anjo,<br />

é Isabel: parenta de Maria e grávida do sexto mês. No entanto, o que<br />

está em evidência não é o parentesco, mas o fato de a gravidez de<br />

Isabel confirmar a impossibilidade possível, pois, não haverá impossíveis<br />

para com Deus).<br />

Parece que tudo se encaminha à conclusão de que Maria é a personagem<br />

principal desta narrativa. O só pensar nisto pode deixar<br />

qualquer protestante perplexo. No entanto, não fosse Maria, o Natal<br />

não teria se tornado realidade. E por mais que muitos dos evangélicos,<br />

ao ouvirem o nome “Maria”, tendam a pensar em Maria Madalena<br />

ou outra Maria, não há por que diminuir o papel e a importância da<br />

mãe de Jesus. Poucas vezes refletimos sobre ela. Provavelmente não<br />

passava de uma adolescente quando veio a ser a mãe de Jesus. Com<br />

certeza, uma menina inteligente, conhecedora dos caminhos de Deus<br />

e da história do seu povo. E “ao ser atribulada, ela refletiu. Ao ouvir o<br />

impossível, fez uma pergunta prática. Ao receber a oferta de um milagre<br />

de Deus, ela acreditou. Ao ser destinada à humilhação de uma<br />

gravidez ilícita, ela considerou Deus santo, e a si mesma serva, aceitando<br />

a vontade dele” (Manual Bíblico da SBB). Maria é santa, no espírito<br />

do Artigo 21 da Confissão de Augsburgo: modelo de filha de<br />

Deus, de mulher, e de mãe.<br />

No Evangelho de hoje, destacam-se a saudação que o anjo dirigiu<br />

a Maria (uma saudação sem igual, na Bíblia, e que recebeu um bocado<br />

de atenção, em grande parte por ser o início da “ave Maria”; Lutero<br />

teve de explicar por que fez uma tradução diferente, uma tradução<br />

que se afastava da tradição da Vulgata); a calma com que Maria ouviu<br />

a mensagem até o final (v.34), quando poderia ter “protestado” logo<br />

ao final do v. 31; a maneira como ela se dirige ao anjo, pedindo maiores<br />

explicações (com certeza, a pergunta dela é bem diferente da<br />

pergunta de Zacarias em Lc 1.18, pois a reação deste foi interpretada<br />

como sinal de incredulidade, algo que não se aplica a Maria, que pediu<br />

mais informações); e, ainda, a humilde aceitação da missão que<br />

lhe foi confiada (v. 38).<br />

No entanto, parece que a personagem principal desta narrativa é<br />

mesmo o anjo Gabriel. Na verdade, não é o anjo em si, mas o que ele<br />

tem a dizer. A estatística confirma isto: no texto, do total de 244 palavras<br />

(na Revista e Atualizada), mais da metade (134 palavras) é discurso<br />

do anjo.<br />

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