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IGREJA LUTERANA<br />

– “hoje”; Lc 10.16) e a administração dos sacramentos (Tt 3.5; Rm<br />

6.4; Mt 26.28; 1 Co 10.16,17). O foco na vida sacramental da igreja é<br />

algo que realmente identifica a teologia luterana, quando comparada<br />

a outras posições teológicas. Ela não é proclamação pessimista “como<br />

sinal para o mundo”, nem um ativismo otimista, que espera mudar o<br />

mundo para algo muito melhor; é, sim, uma vida diária dependente<br />

unicamente da graciosa presença e ação de Deus através de sua<br />

palavra e sacramentos. Desta maneira, palavra e sacramentos não<br />

são apenas sinais para o mundo. E também não são simplesmente<br />

uma fonte de força para produzir determinada ação. Eles constituem<br />

o jeito de viver escatológico do povo de Deus. Cristo mesmo se manifesta<br />

por estes meios, reunindo pessoas ao seu corpo e preservando<br />

aqueles que já são membros deste corpo.<br />

26<br />

3.3. Conseqüências do Ponto de vista Escatológico Luterano<br />

A posição teológica luterana sobre escatologia tem consequências<br />

para as atividades diárias da igreja, para missão, mordomia (administração),<br />

ação social, etc. Ao tratar de tais questões, a teologia luterana<br />

entende a abordagem de lei e evangelho como sendo a única que faz<br />

justiça ao caráter do reino hoje. Isso quer dizer que toda ação da<br />

igreja deveria refletir duas convicções.<br />

Primeira, de que Deus trata com pecadores. E estes continuam a<br />

ser pecadores mesmo sendo crentes. A perfeição não é conquistada<br />

pelas ações nas quais os cristãos estão envolvidos. O arrependimento<br />

e o diário perdão dos pecados é o real “progresso” que pode ser<br />

atingido na vida cristã.<br />

Em seu estudo sobre o Pietismo dentro do contexto luterano,<br />

Lawrence R. Rast Jr. faz uma séria avaliação do pensamento milenarista<br />

no luteranismo nos séculos XVIII e XIX. Ele mostra que “a esperança<br />

pietista por melhores tempos para a igreja” era sua vigorosa raiz. De<br />

acordo com Rast, “ao comprometer a teologia da cruz, o milenarismo<br />

pietista compromete a distintiva doutrina luterana da justificação por<br />

graça mediante a fé”. 73 Ele sustenta que a definição evangélica da igreja<br />

precisa ser utilizada do começo ao fim, a fim de evitar um desvio:<br />

Schmucker e Seiss referem-se à obra expiatória de<br />

Cristo em favor da humanidade. Ambos afirmam que é<br />

73 Rast, “Pietism and Mission“, 299. Rast cita teólogos luteranos dos séculos XVIII e XIX<br />

(Johann A. Bengel, J. George Schmucker, Joseph A. Seiss) que exemplificam a conexão<br />

entre pensamento pietista e uma interpretação milenarista da escatologia.

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