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O jogo da enunciação em sala de aula e a formação de sujeitos ...

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• Observar as possíveis combinações entre a dimensão sist<strong>em</strong>ática, abstrata e invariável<br />

com a dimensão individual, completamente variável e criativa <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong>;<br />

• Analisar os espaços discursivos e suas relações com a produção oral e escrita <strong>da</strong>s<br />

crianças, individuais e coletivas.<br />

• Conhecer e analisar os caminhos que a professora e as crianças percorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> direção<br />

ao dialogismo na <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong>;<br />

• I<strong>de</strong>ntificar as tensões entre ditaduras centrípetas e d<strong>em</strong>ocracias centrífugas presentes<br />

nas relações que se estabelec<strong>em</strong> entre os <strong>sujeitos</strong> inseridos no cotidiano <strong>de</strong> uma <strong>sala</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>aula</strong>.<br />

Através <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo, busquei compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><br />

alfabetização, consi<strong>de</strong>rando, primeiramente, que os <strong>sujeitos</strong> são dialógicos e polifônicos,<br />

pressuposto teórico bakhtiniano; e, ain<strong>da</strong>, que este processo necessita ser planejado e<br />

organizado segundo a perspectiva do letramento, <strong>de</strong> tal modo que garanta o aprendizado<br />

através <strong>de</strong> práticas significativas do uso <strong>da</strong> língua (BRASIL/MEC, 1998). Assim sendo, uma<br />

criança, b<strong>em</strong> como qualquer outro indivíduo, ao se apropriar dos recursos linguísticos básicos<br />

<strong>de</strong> sua língua materna e do sist<strong>em</strong>a notacional <strong>da</strong> escrita alfabética, <strong>de</strong>veria ser capaz <strong>de</strong><br />

iniciar um processo discursivo ca<strong>da</strong> vez mais autônomo e mais complexo para expressar suas<br />

posições, i<strong>de</strong>ias e <strong>em</strong>oções; após ter passado por um processo alfabetizador, <strong>de</strong>ve ter<br />

condições <strong>de</strong> a<strong>de</strong>ntrar, <strong>de</strong> forma ca<strong>da</strong> vez mais complexa, pelo mundo <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong> escrita<br />

que o leve a conjugar intenção e situação comunicativa, a i<strong>de</strong>ntificar e escolher os gêneros<br />

discursivos <strong>de</strong> acordo com os interlocutores. Cabe à escola:<br />

[...] constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a<br />

diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mas, sobretudo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> a escola ensinar-lhe os usos <strong>da</strong> língua<br />

a<strong>de</strong>quados a diferentes situações comunicativas [...], ensinar-lhe a utilizar<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente a linguag<strong>em</strong> <strong>em</strong> instâncias públicas, a fazer uso <strong>da</strong> linguag<strong>em</strong> oral<br />

<strong>de</strong> forma ca<strong>da</strong> vez mais competente 4 .<br />

Tenho ciência e consciência <strong>de</strong> alguns dos contrapontos provocados pelos PCNs e as<br />

muitas discussões levanta<strong>da</strong>s <strong>em</strong> diversos segmentos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua divulgação; como é o caso<br />

<strong>de</strong> Duarte (2006, p. 20) quando tenta “evi<strong>de</strong>nciar que o universo i<strong>de</strong>ológico no qual estão<br />

inseri<strong>da</strong>s as proposições pe<strong>da</strong>gógicas presentes nos PCNs é o universo neoliberal e pós-<br />

mo<strong>de</strong>rno”; os argumentos <strong>de</strong> BONAMINO & MARTÍNEZ sobre a forma “como a questão<br />

curricular se colocou internamente ao plano político-institucional ou estatal” (2002, p. 369) no<br />

4 Ibid., p.38.<br />

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