19.04.2013 Views

O jogo da enunciação em sala de aula e a formação de sujeitos ...

O jogo da enunciação em sala de aula e a formação de sujeitos ...

O jogo da enunciação em sala de aula e a formação de sujeitos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

aprendizag<strong>em</strong> <strong>da</strong> Língua Portuguesa na fase <strong>de</strong> conclusão <strong>da</strong> alfabetização e já conheciam<br />

bastante a ênfase que dou às questões <strong>da</strong>s interações <strong>em</strong> <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong>. Expliquei-lhes a<br />

trajetória que planejava seguir e os procedimentos que seriam adotados: observações, com e<br />

s<strong>em</strong> filmag<strong>em</strong>, as ro<strong>da</strong>s <strong>de</strong> conversa que teríamos, caso aceitass<strong>em</strong> meu convite para<br />

participar<strong>em</strong> <strong>da</strong> pesquisa, e por último, as produções textuais especificamente produzi<strong>da</strong>s<br />

durante a pesquisa. Sendo aceito por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, entreguei o pedido <strong>de</strong> autorização para<br />

entregar<strong>em</strong> aos familiares, <strong>de</strong>ixando explicitados, também para eles, os objetivos, e me<br />

comprometendo a cumprir as questões éticas circun<strong>da</strong>ntes <strong>da</strong> pesquisa (anexo B).<br />

Esses encontros com as crianças que antece<strong>de</strong>ram à pesquisa propriamente dita que se<br />

realizou entre os meses <strong>de</strong> julho a nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, tiveram como base o princípio <strong>da</strong><br />

simetria ética, que segundo Ferreira (2004), concebe as crianças com os mesmos direitos dos<br />

outros <strong>sujeitos</strong> <strong>da</strong> pesquisa. É importante, entre outras coisas, respeitar os direitos <strong>de</strong><br />

“exprimir seu próprio consentimento ou recusa a participar <strong>de</strong> pesquisas” (ALDERSON, 2005<br />

apud SILVA, 2007, p. 40).<br />

Com a professora <strong>da</strong> turma, eu também já vinha dialogando sobre a pesquisa;<br />

inclusive, consi<strong>de</strong>rei importante que ela conhecesse o conteúdo do projeto que pretendia<br />

<strong>de</strong>senvolver com a sua participação, seja como um dos <strong>sujeitos</strong> interlocutivos <strong>da</strong> <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong>,<br />

seja como sujeito histórico-social. Pedi-lhe que me conce<strong>de</strong>sse uma entrevista (anexo A) e que<br />

me <strong>de</strong>sse a autorização para realizar as observações participantes, as filmagens e as ro<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />

conversas com as crianças no espaço <strong>de</strong> sua <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong>; e, além disso, se po<strong>de</strong>ria apropriar-<br />

me <strong>de</strong> alguma avaliação escrita sobre a turma que tivesse sido apresenta<strong>da</strong> ao Conselho <strong>de</strong><br />

Classe realizado na escola durante o ano <strong>em</strong> curso.<br />

Para a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos junto à professora optei pela entrevista s<strong>em</strong>iestrutura<strong>da</strong>,<br />

objetivando encontrar respostas às questões propostas, pela análise <strong>da</strong> consistência e<br />

variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s respostas, procurando i<strong>de</strong>ntificar o que a entrevista<strong>da</strong> pensa e levantando<br />

<strong>da</strong>dos relevantes para atingir o objetivo. Pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Trivinos (1987), a entrevista<br />

s<strong>em</strong>iestrutura<strong>da</strong>, <strong>em</strong> geral, parte <strong>de</strong> certos questionamentos básicos, apoiados <strong>em</strong> teorias e<br />

hipóteses, <strong>de</strong> interesse do pesquisador e do objeto <strong>da</strong> pesquisa, para oferecer amplo campo <strong>de</strong><br />

interrogativas, gerar<strong>em</strong> novas hipóteses a partir <strong>da</strong>s respostas do informante (TRIVIÑOS,<br />

1987).<br />

Para Minayo (2007), a entrevista s<strong>em</strong>iestrutura<strong>da</strong> “combina perguntas fecha<strong>da</strong>s e<br />

abertas, <strong>em</strong> que o entrevistado t<strong>em</strong> a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> discorrer sobre o t<strong>em</strong>a <strong>em</strong> questão s<strong>em</strong><br />

se pren<strong>de</strong>r à in<strong>da</strong>gação formula<strong>da</strong>” (p. 64). Este foi o nosso caso, <strong>em</strong> que realizei com a<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!