29.01.2015 Views

Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capitulo 1. Introdução 15<br />

Capitulo 1. Introdução<br />

Este capítulo introdutório apresenta um panorama da pesquisa clínica, com uma visão geral<br />

<strong>de</strong> ética e bioética, apresentação dos códigos <strong>de</strong> ética aplicáveis e reconhecidos<br />

internacionalmente, <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um comitê <strong>de</strong> ética, posição dos estudos <strong>clínicos</strong> <strong>de</strong>ntro da<br />

pesquisa biomédica, apresentação dos riscos associados à participação em um estudo<br />

clínico, e apresentação das diversas pessoas envolvidas na pesquisa clínica. Os próximos<br />

capítulos aprofundam mais em questões relacionadas a estudos <strong>clínicos</strong>, possibilitando uma<br />

melhor compreensão sobre o assunto. Para esclarecer alguns pontos: Ética e Bioética<br />

representam cada qual um vasto domínio, tanto teórico quando prático, e têm uma longa<br />

história <strong>de</strong> avanços. Não vamos nos pren<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>talhes, mas apenas apresentar algumas<br />

questões éticas práticas e atualmente válidas da pesquisa em humanos.<br />

Hoje, há duas diretrizes <strong>de</strong> pesquisa em humanos reconhecidas internacionalmente que<br />

formam a base para a condução <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong> éticos. Optamos por usar o termo<br />

Códigos <strong>de</strong> Ética, ao invés <strong>de</strong> Diretrizes <strong>de</strong> Ética, uma vez que os consi<strong>de</strong>ramos mais do que<br />

meras diretrizes. Um código <strong>de</strong> prática <strong>de</strong>fine as regras profissionais que as pessoas em<br />

uma <strong>de</strong>terminada profissão <strong>de</strong>vem seguir. Outras diretrizes/códigos <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> pesquisa<br />

em humanos surgiram ao longo do último século, como o Código <strong>de</strong> Nuremberg – um<br />

conjunto <strong>de</strong> princípios éticos para experimentos em humanos, estabelecido como resultado<br />

dos Julgamentos <strong>de</strong> Nuremberg no final da Segunda Guerra Mundial. Os princípios daquele<br />

código e outras diretrizes anteriores foram contemplados nos dois códigos <strong>de</strong> ética<br />

internacionais aplicáveis atualmente, conforme apresentados neste capítulo.<br />

1.1 Ética e Bioética<br />

Ética – também conhecida como filosofia moral – lida com questões filosóficas sobre<br />

moralida<strong>de</strong>. Sua história começou com textos filosóficos e religiosos. Bioética é o estudo<br />

filosófico <strong>de</strong> controvérsias éticas emergentes dos avanças em biologia e medicina. A bioética<br />

envolve questões éticas que surgem da relação entre as ciências da vida, biotecnologia,<br />

medicina, política, direito, filosofia e teologia. O mo<strong>de</strong>rno campo da bioética surgiu como<br />

uma disciplina acadêmica nos anos 60.<br />

Códigos <strong>de</strong> Ética – A Declaração <strong>de</strong> Helsinque<br />

O primeiro conjunto <strong>de</strong> regras éticas para pesquisa em humanos formulado pela<br />

comunida<strong>de</strong> médica internacional foi estabelecido em 1964 pela Associação Médica<br />

Mundial (WMA, na sigla em inglês), na Declaração <strong>de</strong> Helsinque (Declaração). A WMA é uma<br />

organização internacional que representa os médicos, e foi fundada em 1947. A organização<br />

foi criada para garantir a in<strong>de</strong>pendência dos médicos e para promover continuamente os<br />

mais altos padrões possíveis <strong>de</strong> comportamento e cuidado ético entre os médicos.<br />

A <strong>de</strong>claração inclui várioscódigos importantes <strong>de</strong> prática ética em pesquisas em humanos.<br />

No entanto, a Declaração é um documento bastante curto, <strong>de</strong> apenas cinco páginas. Ela<br />

<strong>de</strong>fine princípios éticos, mas oferece pouca orientaçãosobre a gestão, operações e<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um comitê <strong>de</strong> ética (CE)em pesquisa em humanos. A Declaração não é<br />

um instrumento obrigatório na legislação internacional.Ao invés, sua autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>riva do<br />

grau em que é codificada ou influencia os regulamentos e legislações regionais. A<br />

Declaração <strong>de</strong>ve ser vista como um importante documento <strong>de</strong> referência para a pesquisa<br />

em humanos, mas não po<strong>de</strong> invalidar as leis e regulamentos locais. Foram feitas várias<br />

atualizações –a última versão foi aceita na 59ª Assembleia Geral da WMA em Seul, Coreia do<br />

Sul, em 2008.<br />

Declaração <strong>de</strong> Helsinque:<br />

http://www.wma.net/en/30publications/10policies/b3/in<strong>de</strong>x.html

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!