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Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

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50 <strong>Revisão</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> Clínicos: Um Guia para o Comitê <strong>de</strong> Ética<br />

<strong>Estudos</strong> Fase 0<br />

Recentemente, surgiu um novo termo para fase <strong>de</strong> estudo – a chamada fase 0 (zero) ou<br />

estudos com microdosagem (vi<strong>de</strong> ilustração). Estes estudos ainda não são muito usados,<br />

mas po<strong>de</strong>m se tornar um instrumento<br />

importante para estudar alguns<br />

elementos essenciais da farmacologia<br />

humana na parte posterior da fase <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento pré-clínico do<br />

medicamento. Desta forma, tais estudos<br />

prece<strong>de</strong>m os estudos fase I <strong>de</strong><br />

segurança, tolerabilida<strong>de</strong> e<br />

escalonamento <strong>de</strong> dose <strong>de</strong> farmacologia<br />

humana tradicionais que normalmente<br />

iniciam o programa clínico <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um medicamento. O<br />

conceito <strong>de</strong> estudo fase 0 é um passo<br />

interino entre a pesquisa pré-clínica e os<br />

estudos fase I, on<strong>de</strong> um número pequeno<br />

<strong>de</strong> voluntários humanos recebem pequenas doses do produto em estudo, havendo portanto<br />

baixo risco <strong>de</strong> toxicida<strong>de</strong>. Um estudo fase 0 não tem fim terapêutico; o objetivo é<br />

farmacologia humana, ao invés <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar efeitos tóxicos. Como os participantes<br />

recebem doses subterapêuticas, estão expostos a riscos muito menores que em estudos<br />

convencionais fase I, mas ainda necessitam <strong>de</strong> monitorização atenta.<br />

O racional científico para os estudos fase 0 é <strong>de</strong>scobrir se um novo medicamento é capaz <strong>de</strong><br />

modular seu alvo <strong>de</strong>sejado em humanos, i<strong>de</strong>ntificando sua distribuição pelo corpo, ou<br />

<strong>de</strong>screvendo o metabolismo <strong>de</strong> um medicamento. Este conhecimento é frequentemente<br />

importante no <strong>de</strong>senvolvimento do medicamento, e po<strong>de</strong> evitar estudos fases I e II mais<br />

amplos para medicamentos que mostrarem ter proprieda<strong>de</strong>s farmacológicas <strong>de</strong>sfavoráveis.<br />

No entanto, os resultados dos estudos fase 0 nem sempre preveem a farmacologia humana<br />

para a dose <strong>de</strong>sejada. Esta é provavelmente a principal razão porque a microdosagem ainda<br />

não se tornou muito popular, pois ela po<strong>de</strong> encerrar in<strong>de</strong>vidamente o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

um produto em estudo.<br />

Alega-se que a utilização da microdosagem reduz os custos globais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

medicamento, pois a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> composto necessária não<br />

<strong>de</strong>manda manufatura onerosa e<br />

<strong>de</strong>morada. Outros argumentos<br />

em seu favor são que menos<br />

estudos em animais são<br />

necessários para apoiar estudos<br />

com microdosagem, em<br />

comparação com estudos fase I,<br />

e portanto há vantagens<br />

financeiras e éticas.<br />

Dado o <strong>de</strong>senho e proposta dos<br />

estudos fase 0, po<strong>de</strong> haver<br />

pouca expectativa <strong>de</strong> benefícios<br />

diretos ou indiretos <strong>de</strong>stes<br />

estudos, como é o caso dos<br />

estudos fase I. Os estudos fase 0<br />

<strong>de</strong>vem ser revistos por<br />

especialistas em farmacologia<br />

Uso terapêutico<br />

Matéria na Imprensa, 2006: “Boas<br />

notícias para os pesquisadores: a FDA<br />

aprovou o teste <strong>de</strong> medicamentos<br />

experimentais em peque nas quantida<strong>de</strong>s<br />

em seres humanos. A aprovação <strong>de</strong> estudos<br />

<strong>clínicos</strong> com pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

medicamento será muito útil para<br />

enten<strong>de</strong>r o caminho do medicamento no<br />

corpo e sua eficácia. Se for comprovada a<br />

eficácia do produto experimental em<br />

pequenas quantida<strong>de</strong>s, os pesquisadores<br />

po<strong>de</strong>rão continuar com um estudo clínico<br />

fase I.”<br />

Medicamento novo em<br />

investigação<br />

(IND, na sigla em inglês)<br />

Confirmatório terapêutico<br />

Exploratório terapêutico<br />

Farmacologia Humana<br />

Petição <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> novo<br />

medicamento<br />

(NDA, na sigla em inglês)<br />

Fase<br />

0<br />

Fase<br />

I<br />

Fase<br />

II<br />

Fase<br />

III<br />

Fase<br />

IV<br />

Recentemente, foi apresentada uma nova fase <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong>. <strong>Estudos</strong> fase 0<br />

(zero) ou <strong>de</strong> microdosagem são realizados entre as fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento préclínico<br />

e clínico.

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