Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer
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52 <strong>Revisão</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> Clínicos: Um Guia para o Comitê <strong>de</strong> Ética<br />
todos eles apresentaram respostas inflamatórias. Todos sofreram falência múltipla dos<br />
órgãos e necessitaram do apoio <strong>de</strong> aparelhos. Felizmente, todos se recuperaram, ou se<br />
recuperaram com sequelas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> semanas <strong>de</strong> cuidado no hospital. A revisão do<br />
inci<strong>de</strong>nte revelou que o patrocinador e a unida<strong>de</strong> comercial fornecedora fase I haviam<br />
seguido todos os regulamentos no momento em relação ao estudo pré-clínico e operação do<br />
estudo fase I. Os efeitos colaterais não podiam ser previstos, e nenhuma má conduta<br />
profissional que tivesse causado o evento foi i<strong>de</strong>ntificada. O evento <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou muita<br />
cobertura da imprensa, e por fim levou a um novo regulamento para a realização <strong>de</strong> estudos<br />
fase I na Europa. O novo regulamento enfatiza administração sequencial – isto é, começar<br />
com as doses em um único participante. E também insiste no uso <strong>de</strong> uma ala hospitalar ou<br />
unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terapia intensiva (UTI) <strong>de</strong>dicada para estudos fase I com riscos muito altos.<br />
O inci<strong>de</strong>nte em Londres foi muito raro. A maioria das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estudo fase I já<br />
estabelecidas não têm eventos adversos sérios (EASs) que necessitam <strong>de</strong> cuidado médico<br />
intensivo. Todavia, uma vez que riscos imprevistos são sempre possíveis durante a fase<br />
inicial <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong>, o CE <strong>de</strong>ve certificar-se <strong>de</strong> que todos os aspectos <strong>de</strong> segurança<br />
possíveis estejam presentes caso ocorra um EAS inesperado.<br />
Avaliação <strong>de</strong> Risco/Gestão da Farmacologia Humana/<strong>Estudos</strong> Fase I<br />
Os riscos para os participantes <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>talhadamente avaliados antes <strong>de</strong> cada estudo<br />
fase I, especialmente durante a transição da etapa pré-clínica para o estudo primeiro em<br />
humanos. O patrocinador do estudo <strong>de</strong>ve provi<strong>de</strong>nciar para que os dados pré-<strong>clínicos</strong> sejam<br />
revisados por especialistas com formação clínica, científica e técnica. Ao avaliar os riscos,<br />
o(s) especialista(s) <strong>de</strong>ve(m) levar em consi<strong>de</strong>ração todos os aspectos do produto em<br />
estudo, como sua classe farmacológica, novida<strong>de</strong>, especificida<strong>de</strong> por espécie, modo <strong>de</strong> ação,<br />
potência, relação dose-resposta e concentração-resposta para eficácia e toxicida<strong>de</strong>, e via <strong>de</strong><br />
administração. Os seguintes tipos <strong>de</strong> estudos fase I são geralmente consi<strong>de</strong>rados como<br />
sendo <strong>de</strong> alto risco:<br />
1. <strong>Estudos</strong> primeiros em humanos<br />
2. <strong>Estudos</strong> em uma nova população, nova dosagem ou nova formulação <strong>de</strong> um produto em<br />
estudo consi<strong>de</strong>rado um produto biológico <strong>de</strong> alto risco são <strong>de</strong>talhados abaixo:<br />
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Qualquer agente que possa causar distúrbios graves aos sistemas vitais do corpo.<br />
Agentes com ação estimulante ou agonística.<br />
Agentes ou mecanismos <strong>de</strong> ação novos, para os quais não há experiência anterior.<br />
Especificida<strong>de</strong> por espécie, tornando difícil ou impossível a avaliação <strong>de</strong> risco préclínica.<br />
Potência alta em comparação com o ligante natural.<br />
Agentes multifuncionais, por exemplo: anticorpos bivalentes.<br />
Alvos celulares.<br />
Alvos não sujeitos aos mecanismos <strong>de</strong> controle normais.<br />
Alvos no sistema imunológico.<br />
Alvos em sistemas com potencial para gran<strong>de</strong> amplificação biológica in vivo.<br />
Gerenciamento <strong>de</strong> Risco Clínico: A Associação da Indústria Farmacêutica Britânica (ABPI,<br />
na sigla em inglês) publicou diretrizes para estudos <strong>clínicos</strong> fase I em 2007, que inclui<br />
orientações <strong>de</strong>talhadas sobre o gerenciamento <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> vários aspectos dos estudos.<br />
Estes aspectos incluem, entre outros:<br />
Dose inicial, aumento da dose, administração das doses.<br />
Registros <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> estudos da fase I.<br />
Requisitos <strong>de</strong> um protocolo.<br />
Procedimentos do estudo.<br />
Administrativos, como contratos entre o patrocinador e o investigador.