Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer
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Capítulo 3. Ciência, Ética e Garantia da Qualida<strong>de</strong> dos <strong>Estudos</strong> Clínicos 65<br />
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não tiver controles, randomização ou mascaramento, quando na verda<strong>de</strong> estes<br />
po<strong>de</strong>riam ser utilizados.<br />
Um estudo multinacional que é confirmatório por natureza não <strong>de</strong>ve usar um<br />
<strong>de</strong>sfecho primário ou substituto ou um grupo controle que não recebe o melhor<br />
tratamento disponível atualmente, uma vez que tal estudo não é <strong>de</strong>senhado para<br />
confirmar se o produto em estudo é uma opção melhor do que o melhor tratamento<br />
atual.<br />
Um protocolo que tem como objetivo estudar os efeitos <strong>de</strong> um produto em estudo<br />
fabricado sem evidências <strong>de</strong> boa prática <strong>de</strong> fabricação (GMP, na sigla em inglês) não<br />
<strong>de</strong>ve ser aprovado, porque apenas produtos em estudo fabricados consistentemente<br />
po<strong>de</strong>m ser usados para prever corretamente a eficácia e segurança do tratamento.<br />
A utilização <strong>de</strong> grupo(s) controle(s) com placebo <strong>de</strong>ve ser justificada (vi<strong>de</strong> páginas<br />
36-37).<br />
Um CE é formado por membros <strong>de</strong> diferentes áreas <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>, para que os protocolos<br />
<strong>de</strong> estudos sejam revisados cientificamente a partir <strong>de</strong> diferentes perspectivas. Os membros<br />
do comitê <strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar e discutir coletivamente os principais aspectos científicos <strong>de</strong><br />
cada estudo clínico que será revisado. A próxima página lista alguns dos aspectos científicos<br />
essenciais – mas não todos – que <strong>de</strong>vem ficar claros antes que o CE tome a <strong>de</strong>cisão final <strong>de</strong><br />
aprovar ou rejeitar a petição <strong>de</strong> estudo clínico.<br />
3.3 Problemas Éticos dos <strong>Estudos</strong> Clínicos<br />
Um estudo clínico que não vá promover o conhecimento sobre certo tratamento não <strong>de</strong>ve<br />
ser realizado, porque a relação risco-benefício para os participantes será infinitamente<br />
<strong>de</strong>sfavorável. Um CE sempre terá dificulda<strong>de</strong> em prever o resultado final <strong>de</strong> um estudo<br />
clínico bem <strong>de</strong>senhado; afinal, esta é a razão <strong>de</strong> se conduzir a pesquisa em primeiro lugar.<br />
Mas, mesmo se os resultados forem negativos – ao final não mostrarem efeitos benéficos do<br />
produto em estudo – o estudo ainda assim contribui para o nosso conhecimento. No<br />
entanto, em alguns casos o CE po<strong>de</strong> prever – por exemplo, por razões científicas – que os<br />
resultados provavelmente não serão úteis. Em tais casos, o CE <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o protocolo<br />
antiético e inaceitável.<br />
O CE <strong>de</strong>ve focar a ciência, ética e garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> estudo clínico.<br />
Por exemplo, os contratos e orçamentos <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong> não são normalmente uma<br />
questão para o CE, mas sim responsabilida<strong>de</strong> do investigador, da instituição e do<br />
<strong>de</strong>partamento envolvidos. Uma prática comum é que o contrato e orçamento <strong>de</strong>vam sempre<br />
ser assinados por um representante nomeado da instituição.<br />
Relação Risco-Benefício<br />
Em inglês, razão risco-benefício ou equilíbrio risco-benefício são termos intercambiáveis na<br />
análise <strong>de</strong> risco e benefícios <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong>. O termo razão risco/benefício significa<br />
matematicamente a divisão entre risco e benefício. Claramente é praticamente impossível<br />
estabelecer um valor numérico realista para o risco antecipado <strong>de</strong> participação em um<br />
estudo clínico, bem como um valor numérico para o benefício que o estudo trará para os<br />
participantes ou para a socieda<strong>de</strong>. Mas, embora esse cálculo não seja feito, o termo razão<br />
risco-benefício é normalmente usado, em inglês. [N. do T.: Em português, usamos “relação<br />
risco-benefício”, que não tem a mesma conotação matemática.]