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Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

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Capítulo 2. Características dos <strong>Estudos</strong> Clínicos 47<br />

estabelecida em 5%, e a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erro tipo II – um resultado falso negativo – é<br />

convencionalmente estabelecida em 10% ou 20%. O estatístico também precisa saber a<br />

diferença do tratamento mínima que tem importância clínica, que o estudo <strong>de</strong>ve ser capaz<br />

<strong>de</strong> provar ser estatística e significativamente diferente. Se, por exemplo, queremos mostrar<br />

uma diferença <strong>de</strong> variação média na pressão arterial <strong>de</strong> pelo menos 5 mmHg entre os dois<br />

grupos <strong>de</strong> tratamento, o tamanho da amostra estimado <strong>de</strong>ve ser ajustado – aumentado –<br />

para permitir que 5% ou 10% dos participantes, por exemplo, abandonem o estudo.<br />

O cálculo do tamanho da amostra é essencial na fase <strong>de</strong> planejamento, pois é a base para<br />

estimar o custo do estudo e o número <strong>de</strong> centros necessários para concluir o estudo <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> um certo prazo. Não queremos um número <strong>de</strong> participantes insuficiente para chegar a<br />

uma interpretação conclusiva dos resultados; tampouco queremos gastar recursos<br />

<strong>de</strong>snecessários ou colocar um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> participantes em risco. O método para<br />

calcular o tamanho da amostra <strong>de</strong>ve ser registrado no protocolo, juntamente com as<br />

hipóteses feitas, para quem quiser po<strong>de</strong>r recalcular e confirmar o tamanho da amostra.<br />

Um exemplo hipotético(vi<strong>de</strong> ilustração): Com um tamanho da amostra <strong>de</strong> 10 ou 30 para<br />

cada um dos dois grupos, a diferença da variação média da pressão sistólica não é<br />

estatisticamente diferente entre os dois grupos. Assim, concluímos que não po<strong>de</strong>mos<br />

confirmar diferença do tratamento quando um estudo incluiu 20 (10+10) participantes e o<br />

outro 60 participantes. Entretanto, os outros três estudos hipotéticos, com amostras<br />

maiores, apoiam a interpretação <strong>de</strong> que a diferença do tratamento é estatisticamente<br />

diferente entre os dois grupos. O tamanho da amostra total é muito diferente, variando <strong>de</strong><br />

120 a 1.000.<br />

O cálculo do tamanho da amostra <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o tamanho <strong>de</strong> amostra i<strong>de</strong>al<br />

ou próximo do i<strong>de</strong>al para o cenário “uma redução adicional na pressão arterial sistólica <strong>de</strong><br />

pelo menos 3 mmHg é consi<strong>de</strong>rada clinicamente significativa , tendo um impacto no risco <strong>de</strong><br />

ter eventos adversos causados pela pressão arterial alta.” O tamanho da amostra necessário<br />

estimado para alcançar uma diferença do tratamento estatisticamente significativa po<strong>de</strong>ria<br />

então ser cerca <strong>de</strong> 60 para cada grupo.<br />

2.8 Fases do Estudo<br />

Visão Geral do Desenvolvimento <strong>de</strong> Medicamentos<br />

Existe um mo<strong>de</strong>lo basicamente pre<strong>de</strong>terminado sobre as fases <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que um<br />

tratamento em teste <strong>de</strong>ve atravessar antes <strong>de</strong> chegar ao mercado. Antes que a petição <strong>de</strong><br />

registro <strong>de</strong> um novo medicamento possa ser feita às agências regulatórias, ele <strong>de</strong>ve ir da<br />

fase pré-clínica até a fase clínica, com três fases <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong>. A quarta e última fase<br />

<strong>de</strong> estudos representa pesquisa pós-comercialização.<br />

Um estudo clínico é uma das fases finais <strong>de</strong> um longo e cuidadoso processo <strong>de</strong> pesquisa. A<br />

busca <strong>de</strong> novos tratamentos começa no laboratório, on<strong>de</strong> os cientistas <strong>de</strong>senvolvem e<br />

testam novas i<strong>de</strong>ias. O próximo passo é testar um produto em estudo– moléculas, vacinas<br />

ou dispositivos médicos – em animais para ver seus efeitos, por exemplo, no câncer em um<br />

ser vivo e se tem efeitos prejudiciais. Durante o <strong>de</strong>senvolvimento pré-clínico, o patrocinador<br />

avalia os efeitos farmacológicos e tóxicos do produto em estudo in vitro (termo em latim<br />

que significa <strong>de</strong>ntro do vidro. Por exemplo: testes em tubos <strong>de</strong> ensaio) e in vivo (em latim:<br />

<strong>de</strong>ntro da vida. Por exemplo: testes em animais).. Isto inclui investigações sobre absorção e<br />

metabolismo do medicamento, toxicida<strong>de</strong> dos metabólitos do medicamento, e a velocida<strong>de</strong><br />

com que o medicamento e seus metabólitos são excretados do corpo.<br />

Na fase pré-clínica, a autorida<strong>de</strong> regulatória geralmente solicita ao patrocinador que:<br />

<br />

<br />

Faça um perfil farmacológico do medicamento.<br />

Determine a toxicida<strong>de</strong> aguda do medicamento em pelo menos duas espécies <strong>de</strong><br />

animais.

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