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Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

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68 <strong>Revisão</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong> Clínicos: Um Guia para o Comitê <strong>de</strong> Ética<br />

<strong>Estudos</strong> <strong>clínicos</strong> inevitavelmente envolvem incertezas relacionadas tanto aos riscos quanto<br />

aos possíveis benefícios. Deve-se enfatizar que os possíveis benefícios são sempre para o<br />

bem da socieda<strong>de</strong> e para o avanço do conhecimento. Um novo produto medicinal em estudo<br />

clínico é um produto em estudo, não um tratamento médico reconhecido, então seu<br />

benefício para os participantes é incerto. Em sua maioria, os participantes se envolve em<br />

estudos <strong>clínicos</strong> porque precisam <strong>de</strong> tratamento, enquanto outros participam porque<br />

supõem que haja um valor terapêutico. O CE <strong>de</strong>ve assegurar que os procedimentos <strong>de</strong><br />

recrutamento e obtenção <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido enfatizem as diferenças<br />

entre a pesquisa e o tratamento clínico padrão que os participantes po<strong>de</strong>riam receber ao<br />

invés. Os participantes po<strong>de</strong>m se beneficiar, por exemplo, ao serem examinados e<br />

acompanhados mais frequentemente do que seriam, o que é especialmente benéfico para<br />

centros com poucos recursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. No entanto, tais estudos precisam ser<br />

avaliados cuidadosamente em termos <strong>de</strong> riscos, porque os indivíduos po<strong>de</strong>m ser coagidos<br />

ou in<strong>de</strong>vidamente influenciados a participarem pelos benefícios <strong>de</strong> exames gratuitos.<br />

Relação risco-benefício e <strong>Estudos</strong> Fase I: A pior relação risco-benefício é a dos estudos<br />

fase I, on<strong>de</strong> não existe praticamente nenhum benefício para os participantes, quer sejam<br />

pacientes ou voluntários saudáveis. Praticamente não há incentivos relacionados à saú<strong>de</strong><br />

para participar, uma vez que qualquer possível efeito do tratamento é <strong>de</strong>sconhecido e a<br />

dosagem curativa do produto em estudo não foi ainda <strong>de</strong>finida. Além disso, o tratamento é<br />

normalmente curto – por apenas alguns dias ou semanas – então qualquer benefício<br />

terapêutico real será menos do que marginal.<br />

Por outro lado, estudos fase I envolvem a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter os conhecimentos mais<br />

importantes. Por esta razão, po<strong>de</strong>-se argumentar que a socieda<strong>de</strong> irá se beneficiar bastante<br />

<strong>de</strong>stes estudos, uma vez que eles são cruciais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas terapias<br />

médicas seguras e eficazes.<br />

Hoje, cerca <strong>de</strong> 80% dos participantes dos estudos fase I são voluntários saudáveis que, por<br />

<strong>de</strong>finição, não recebem benefícios terapêuticos pela participação no estudo. No entanto,<br />

po<strong>de</strong> ser dada uma recompensa/remuneração tanto para os voluntários quanto para os<br />

pacientes incluídos nos estudos fase I, com base no seu <strong>de</strong>sconforto e na duração do estudo.<br />

A maior preocupação <strong>de</strong> segurança em estudos fase I é a ocorrência <strong>de</strong> reações sérias<br />

imediatamente após a administração da dose, como choque anafilático ou arritmia cardíaca.<br />

Ao revisar estudos fase I,o CE <strong>de</strong>ve contar com um painel <strong>de</strong> especialistas, porque o risco<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito do tipo <strong>de</strong> composto, dos resultados pré-<strong>clínicos</strong> e do ambiente <strong>de</strong> estudo<br />

clínico. Para revisão dos estudos fase I pelo CE, uma instituição médica <strong>de</strong>ve portanto<br />

consultar a seu próprio subcomitê <strong>de</strong> especialistas ou a opinião <strong>de</strong> especialistas externos.<br />

A prevenção <strong>de</strong> possíveis reações adversas graves para o primeiro uso em humanos do<br />

produto em estudo envolve a i<strong>de</strong>ntificação dos fatores <strong>de</strong> risco. Preocupações po<strong>de</strong>m ser<br />

suscitadas por uma informação em particular ou pela ausência <strong>de</strong> informações sobre: (1)<br />

dosagem proposta, (2) modo <strong>de</strong> ação, (3) natureza do alvo, ou (4) relevância dos mo<strong>de</strong>los<br />

animais. A estimativa da primeira dose em seres humanos é um elemento importante para<br />

proteger os participantes em tais estudos. A dosagem po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> forma sequencial,<br />

administrando para um participante no dia um, e para os <strong>de</strong>mais participantes após revisão<br />

e autorização <strong>de</strong> continuação <strong>de</strong> um comitê <strong>de</strong> monitorização <strong>de</strong> segurança dos dados.<br />

<strong>Estudos</strong> fase I <strong>de</strong>vem ser conduzidos em instalações clínicas apropriadas, por<br />

investigadores treinados, com a expertise e experiência necessárias para a realização <strong>de</strong><br />

estudos <strong>de</strong> fases iniciais, juntamente com uma equipe médica com treinamento apropriado<br />

e experiência prévia em estudos fase I. Todas as pessoas envolvidas <strong>de</strong>vem também<br />

compreen<strong>de</strong>r o produto em estudo, seu alvo e seu mecanismo <strong>de</strong> ação (Agência Europeia <strong>de</strong><br />

Medicamentos, 2007).

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