Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer
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Capítulo 3. Ciência, Ética e Garantia da Qualida<strong>de</strong> dos <strong>Estudos</strong> Clínicos 73<br />
conhecimento sobre o doador: tecido i<strong>de</strong>ntificado, tecido com i<strong>de</strong>ntificação propositalmente<br />
removida, ou tecido anônimo. Po<strong>de</strong> também ser classificado <strong>de</strong> acordo com a forma como é<br />
coletado: objetivos específicos da pesquisa, coletado aci<strong>de</strong>ntalmente, ou para pesquisas<br />
futuras ainda não <strong>de</strong>finidas. As duas últimas categorias po<strong>de</strong>m enfrentar dilemas éticos,<br />
uma vez que o uso secundário para pesquisas futuras po<strong>de</strong>m não ter sido consi<strong>de</strong>rado no<br />
momento da coleta.<br />
Pesquisa inicial envolvendo a coleta <strong>de</strong> tecido requer revisão do CE e consentimento do<br />
doador do tecido ou seus representantes. O consentimento <strong>de</strong>ve enfocar vários aspectos,<br />
como: o tipo e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecido que será coletado; a maneira como o tecido será<br />
coletado; a segurança e invasivida<strong>de</strong> dos procedimentos; possíveis usos, incluindo fins<br />
comerciais; medidas para proteger a privacida<strong>de</strong> e manter a confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>; duração do<br />
armazenamento; método <strong>de</strong> preservação; e plano para revelação <strong>de</strong> informações<br />
clinicamente relevantes. Para tornar possível o uso subsequente do tecido, os termos <strong>de</strong><br />
consentimento <strong>de</strong>vem oferecer opções sobre uso futuro dos tecidos, como: recusa <strong>de</strong> usos<br />
futuros, permissão apenas para uso anônimo, permissão para uso i<strong>de</strong>ntificado, permissão<br />
para contato futuro para buscar consentimento para outros estudos, e permissão para uso<br />
codificado para qualquer tipo <strong>de</strong> estudo futuro.<br />
Normalmente o CE aprova o uso secundário <strong>de</strong> tecido humano i<strong>de</strong>ntificável. O investigador<br />
<strong>de</strong>ve <strong>de</strong>clarar que o uso do tecido é essencial para a pesquisa; que medidas apropriadas<br />
serão tomadas para proteger a privacida<strong>de</strong>, minimizar danos e garantir a confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>;<br />
e que os doadores não tem objeções ao uso secundário na etapa inicial <strong>de</strong> coleta do tecido.<br />
Amostragem <strong>de</strong> Tecido em Tratamento Padrão: Os termos <strong>de</strong> consentimento para<br />
amostragem <strong>de</strong> tecido <strong>de</strong> rotina são comumente usados na maioria dos contextos <strong>clínicos</strong>. A<br />
linguagem <strong>de</strong>stes termos é normalmente geral e aberta, e a permissão é dada para uso,<br />
conservação e <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> amostras, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das necessida<strong>de</strong>s do laboratório clínico,<br />
sem notificar o participante. Os CEs normalmente não têm conhecimento <strong>de</strong> que amostras<br />
<strong>de</strong> tecidos <strong>de</strong> rotina são secundariamente usadas para fins <strong>de</strong> pesquisa.<br />
Tecido Reprodutivo Humano: Preocupações éticas específicas surgem da pesquisa<br />
envolvendo fetos e tecido fetal, embriões, células-tronco e gametas (óvulo/esperma)<br />
humanos. Células-tronco são caracterizadas por sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se renovarem através <strong>de</strong><br />
divisão e diferenciação. Muitas pessoas acreditam que a pesquisa com tecido reprodutivo<br />
humano po<strong>de</strong> ser a chave para a cura <strong>de</strong> doenças como diabetes, doença <strong>de</strong> Parkinson e<br />
doença <strong>de</strong> Alzheimer. A opinião ética sobre a pesquisa com tecido reprodutivo humano é<br />
altamente divergente, com as crenças religiosas sendo um fator importante na continuida<strong>de</strong><br />
dos <strong>de</strong>bates. Alguns países baniram tal pesquisa até o momento, enquanto outros<br />
consi<strong>de</strong>ram este tipo <strong>de</strong> pesquisa moralmente aceitável e benéfica para obter avanços<br />
médicos buscados há muito tempo. Cada país tem suas próprias diretrizes para pesquisa<br />
com tecido reprodutivo humano, e portanto estas questões éticas específicas não são<br />
tratadas aqui.<br />
Pesquisa Genética em Humanos: A pesquisa genética em humanos tem como objetivo<br />
compreen<strong>de</strong>r as contribuições genéticas para a saú<strong>de</strong> e doenças, e i<strong>de</strong>ntificar novas<br />
abordagens para a prevenção e tratamento <strong>de</strong> doenças. As predisposições genéticas <strong>de</strong> um<br />
indivíduo po<strong>de</strong>m ser usadas para prevenir ou mo<strong>de</strong>rar doenças. Os indivíduos respon<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> forma diferente aos medicamentos, e às vezes os efeitos são imprevisíveis. Diferenças em<br />
influência genética na expressão ou função <strong>de</strong> proteínas visadas pelos medicamentos<br />
po<strong>de</strong>m contribuir significativamente para a variação em respostas entre indivíduos. Esta<br />
intersecção entre genética e medicina tem o potencial <strong>de</strong> produzir um novo conjunto <strong>de</strong><br />
ferramentas diagnósticas laboratoriais para individualizar e otimizar a terapia com<br />
medicamentos.<br />
A pesquisa genética em humanos <strong>de</strong>ve estar em conformida<strong>de</strong> com os princípios éticos<br />
gerais da pesquisa em tecidos humanos. É especialmente crucial eticamente o