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Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

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Capítulo 2. Características dos <strong>Estudos</strong> Clínicos 43<br />

Uma abordagem alternativa, que é cada vez mais adotada após a aprovação regulatória <strong>de</strong><br />

um novo produto em estudo como base apenas em <strong>de</strong>sfechos substitutos, é a realização <strong>de</strong><br />

estudos fase IV <strong>de</strong> longa duração sobre o uso clínico e experiência com a nova droga.<br />

<strong>Estudos</strong> fase IV <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> são projetados para avaliar os efeitos <strong>de</strong> terapias em<br />

estudo sobre <strong>de</strong>sfechos <strong>clínicos</strong>.<br />

Normalmente, estes são chamados <strong>de</strong> “estudos simples gran<strong>de</strong>s”. Quando novos<br />

medicamentos entram no mercado, seus perfis <strong>de</strong> segurança e eficácia po<strong>de</strong>m variar<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente em relação aos medidos em estudos <strong>clínicos</strong> realizados cuidadosamente.<br />

Na prática clínica diária, tais medicamentos são prescritos não apenas para os pacientes<br />

relativamente saudáveis e jovens que normalmente entram em estudos <strong>clínicos</strong>, mas para<br />

pacientes com múltiplas doenças e para pacientes mais idosos. Efeitos colaterais raros e<br />

inesperados po<strong>de</strong>m não ser <strong>de</strong>tectados durante estudos <strong>clínicos</strong>. Quando eles são <strong>de</strong> fato<br />

<strong>de</strong>tectados, sua frequência po<strong>de</strong> não ser <strong>de</strong>finida exatamente. Assim, a segurança e/ou<br />

eficácia clínica reais po<strong>de</strong>m não ser refletidas pelos estudos <strong>clínicos</strong>. Os “estudos <strong>clínicos</strong><br />

simples gran<strong>de</strong>” pós-comercialização têm como objetivo i<strong>de</strong>ntificar as discrepâncias entre<br />

observações feitas na prática clínica e durante a realização do estudo clínico. Um estudo<br />

simples gran<strong>de</strong> se caracteriza por um tamanho <strong>de</strong> amostra gran<strong>de</strong>, e milhares ou <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> participantes são randomizados para dois ou vários grupos <strong>de</strong> tratamentos.<br />

Estes estudos são simplificados por serem realizados, por exemplo, em clínicas médicas<br />

gerais já estabelecidas ou clínicas ambulatoriais,usando <strong>de</strong>sfechos <strong>clínicos</strong> mensuráveis e<br />

simples. A qualida<strong>de</strong> dos dados não é vista como a principal preocupação, e sim a<br />

representativida<strong>de</strong> da população-alvo. Por exemplo: um estudo simples gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser<br />

usado para comparar a sobrevida <strong>de</strong> pacientes com HIV/AIDS recebendo diferentes tipos <strong>de</strong><br />

terapia antirretroviral. O estudo requer um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pacientes em centros<br />

primários comunitários <strong>de</strong> atendimento à saú<strong>de</strong>. Os dados basais po<strong>de</strong>m ser enviados pelo<br />

telefone ou pela Internet, assim como a alocação ao tratamento e randomização. Os<br />

medicamentos em estudo po<strong>de</strong>m ser enviados por correio em 24 horas para o médico<br />

envolvido. O seguimento é limitado a mortes, e qualquer evento adverso grave é relatado<br />

pelo telefone/Internet.<br />

2.5 Randomização<br />

Os resultados <strong>de</strong> um estudo clínico po<strong>de</strong>m ser enviesados (ten<strong>de</strong>nciosos) em favor <strong>de</strong> um<br />

ou outro regime <strong>de</strong> tratamento em teste <strong>de</strong> diversas formas. As técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho mais<br />

importantes para evitar vieses são randomização e mascaramento, que normalmente são<br />

abordadas em conjunto durante a preparação do estudo. A maioria dos estudos segue a<br />

abordagem duplo-cega – cega para investigador e participantes – na qual os tratamentos<br />

são pré-embalados, por exemplo por farmacêuticos, seguindo um plano <strong>de</strong> randomização. O<br />

produto em estudo fornecido para o centro do estudo é rotulado apenas com um número<br />

i<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> participante e período <strong>de</strong> tratamento, e é idêntico para todos os grupos <strong>de</strong><br />

tratamento. Desta forma, os funcionários do centro do estudo não sabem qual tratamento<br />

específico foi alocado para um participante em particular.<br />

A lista <strong>de</strong> randomização é preparada durante o estágio <strong>de</strong> planejamento do estudo, e é<br />

entregue à pessoa responsável pela preparação do produto em estudo. O produto em estudo<br />

é enviado – normalmente por mensageiro – aos centros do estudo, e armazenado em uma<br />

farmácia do hospital, uma farmácia <strong>de</strong> pesquisa institucional, ou em um compartimento<br />

com chave no centro do estudo. Quando um novo participante é incluído e assina o termo <strong>de</strong><br />

consentimento livre e esclarecido, ele recebe o próximo número <strong>de</strong> participante na<br />

sequência, e o produto em estudo rotulado com o número correspon<strong>de</strong>nte do participante.<br />

Este procedimento <strong>de</strong> dispensação (entrega) do produto em estudo é normalmente<br />

repetido várias vezes para cada participante durante o curso do estudo.

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