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Revisão de Estudos clínicos: - Pfizer

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Capítulo 2. Características dos <strong>Estudos</strong> Clínicos 29<br />

Capítulo 2. Características dos <strong>Estudos</strong> Clínicos<br />

O capítulo 2 <strong>de</strong>screve as características essenciais dos estudos <strong>clínicos</strong>. O texto é longo e<br />

oferece insights e informações <strong>de</strong>talhadas sobre vários aspectos do <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> estudos<br />

<strong>clínicos</strong>. Sem esta compreensão, seria muito difícil para um iniciante na área ou qualquer<br />

membro do CE participar <strong>de</strong> discussões sobre o protocolo <strong>de</strong> um estudo clínico, uma vez<br />

que o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> pesquisa selecionado <strong>de</strong>ve ser examinado cuidadosamente durante a<br />

revisão do CE.<br />

O capítulo seguinte – Capítulo 3 – cobre Ciência, Ética e Garantia <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Estudos</strong><br />

Clínicos, ou seja, há uma sobreposição parcial entre os conteúdos dos capítulos 2 e 3. Alguns<br />

leitores po<strong>de</strong>m achar que certos aspectos <strong>de</strong>talhados no Capítulo 2 seriam mais<br />

apropriados para o Capítulo 3, e vice-versa. Por exemplo, alguns aspectos do Capítulo 2<br />

tratam <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho e ética da pesquisa, como a utilização <strong>de</strong> grupos controle tratados com<br />

placebo. Quando um tópico é essencial para a compreensão do <strong>de</strong>senho da pesquisa, tal<br />

tópico é mostrado em <strong>de</strong>talhes no Capítulo 2, e posteriormente apresentado apenas<br />

parcialmente no Capítulo 3, usando referências cruzadas, quando apropriado.<br />

Bioestatística também é uma parte importante do <strong>de</strong>senho e análise estatística dos dados <strong>de</strong><br />

estudos <strong>clínicos</strong>. Em relação a este tópico, sugerimos aos leitores que consultem os<br />

excelentes livros disponíveis na área <strong>de</strong> bioestatística. A internet também é um bom recurso<br />

<strong>de</strong> pesquisa.<br />

2.1 Objetivos dos <strong>Estudos</strong> Clínicos<br />

<strong>Estudos</strong> <strong>clínicos</strong> são realizados para testar novos produtos e procedimentos médicos em<br />

seres humanos. O primeiro registro <strong>de</strong> estudo clínico foi documentado no Velho<br />

Testamento, e <strong>de</strong>screve como Daniel seguia uma dieta <strong>de</strong> leguminosas e água, ao invés <strong>de</strong> da<br />

carne e vinho, recomendados pelo Rei Nabucodonosor II. James Lind é consi<strong>de</strong>rado o pai<br />

dos estudos <strong>clínicos</strong>. Sendo o primeiro a introduzir grupos controle em 1747, ele<br />

documentou que frutas cítricas na dieta podiam prevenir o escorbuto. A partir <strong>de</strong> 1800,<br />

estudos <strong>clínicos</strong> tornaram-se mais e mais comuns, com mais atenção dada ao <strong>de</strong>senho do<br />

estudo. Placebos foram usados pela primeira vez em 1863. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> randomização foi<br />

apresentada pela primeira vez em 1923. O primeiro estudo que usou tratamento<br />

<strong>de</strong>vidamente randomizado e grupos controle foi realizado em 1948 pelo Conselho <strong>de</strong><br />

Pesquisa Médica do Reino Unido. Este estudo também adotou a avaliação cega,<br />

possibilitando análises imparciais dos resultados. Os três fundamentos do <strong>de</strong>senho do<br />

estudo clínico continuam sendo controle, randomização e mascaramento. Este capítulo<br />

<strong>de</strong>screve os três fundamentos <strong>de</strong> forma mais <strong>de</strong>talhada, juntamente com outras<br />

características importantes dos estudos <strong>clínicos</strong>.<br />

Embora o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> estudo clínico exista há décadas, foi somente em 1990 que recebeu o<br />

status <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> escolha para estudos <strong>clínicos</strong> intervencionais. Hoje, seria<br />

difícil publicar os resultados <strong>de</strong> um estudo clínico intervencional em revistas médicas sem<br />

utilizar os mo<strong>de</strong>rnos conceitos <strong>de</strong> metodologia <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong>. Usar<br />

controles, randomização e mascaramento é a forma i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> garantir que os resultados não<br />

sejam influenciados <strong>de</strong> forma não aleatória por fatores externos. Embora fatores externos –<br />

como a atenção e cuidado médico extras normalmente associados à participação em um<br />

estudo – certamente terão algum tipo <strong>de</strong> influência sobre os participantes do estudo, eles<br />

não <strong>de</strong>vem influenciar os grupo <strong>de</strong> tratamentos <strong>de</strong> forma diferente. Sem usar controles,<br />

randomização e mascaramento, as conclusões po<strong>de</strong>m não refletir a realida<strong>de</strong>.<br />

O objetivo <strong>de</strong> estudos <strong>clínicos</strong> é avaliar a eficácia e segurança <strong>de</strong> produtos medicinais ou<br />

procedimentos médicos em seres humanos, para que novos tratamentos médicos possam<br />

ser i<strong>de</strong>ntificados para a prática médica. Em 2008, estudos <strong>clínicos</strong> controlados<br />

randomizados (ECR) representavam apenas 2,3% <strong>de</strong> todas as publicações científicas<br />

i<strong>de</strong>ntificadas no banco <strong>de</strong> dados das publicações da PubMed: 18.617 publicações <strong>de</strong> um

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