09.07.2015 Views

I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1 a Conferência <strong>Internacional</strong> <strong>Virtual</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> Suína16 <strong>de</strong> novembro a 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000 — Concórdia, SCÉ certo que a presença do gene halotano (Hal n ) no genótipo suíno faz aumentar afreqüência <strong>de</strong> carcaças PSE quando comparadas às carcaças produzidas por animaislivres do gene halotano.Culau (1999), utilizando a medida <strong>de</strong> pH inicial (pH ≤ 5,8) para diferenciar carnessuínas PSE das carnes normais, encontrou 58,82% <strong>de</strong> carcaças PSE oriundas <strong>de</strong>suínos heterozigotos (Hal Nn ). Dentre os suínos com genótipo halotano recessivo(Hal[nn]), a freqüência <strong>de</strong> carcaças PSE foi <strong>de</strong> 85,71% e entre os animais normais,a freqüência foi igual a 36,56%. Neste trabalho, verificou-se que suínos portadoresdo gene halotano produziram carne normal e, em contrapartida, nem todas as carnescom características PSE foram provenientes <strong>de</strong> animais portadores do gene halotanoe sim <strong>de</strong> animais normais. Estes resultados indicam que o manejo pré-abate po<strong>de</strong>estar influenciando a incidência <strong>de</strong> carne PSE.Costuma-se afirmar que é necessária a interação <strong>de</strong> fatores para a ocorrência<strong>de</strong> carnes PSE em suínos mesmo que sejam portadores do gene halotano (Hal n ).Sabe-se, por outro lado, que os procedimentos <strong>de</strong> abate por si só se constituemem fatores estressantes muito fortes para os animais (Grandin, 1994). A presençado gene halotano nos suínos intensifica mais ainda a influência <strong>de</strong>sse importantecomponente <strong>de</strong> estresse que é o abate e que inclui os instantes que o prece<strong>de</strong>m,ou seja, o <strong>de</strong>slocamento dos animais das pocilgas <strong>de</strong> matança até o momento dainsensibilização. Talvez isto possa explicar a ocorrência <strong>de</strong> carcaças PSE mesmo apósum a<strong>de</strong>quado manejo pré-abate dos animais e um excelente método <strong>de</strong> resfriamentodas carcaças.Ao se produzir suínos heterozigotos, os cuidados com o manejo pré e pós-abate<strong>de</strong>vem receber atenção especial pois a sensibilida<strong>de</strong> ao gene Hal n não é totalmenterecessiva com respeito a algumas características, po<strong>de</strong>ndo ocorrer <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> se tais condições não forem a<strong>de</strong>quadamente controladas (Sellier, 1995).5 <strong>Carne</strong>s suínas DFD e SERQuando os suínos têm suas reservas <strong>de</strong> glicogênio muscular reduzidas algumtempo antes da sangria, a carne acidifica pouco e 24 horas após o abate, o valor dopH após o resfriamento é praticamente igual ao pH inicial. A carne resultante é muitoescura, firme e com a superfície <strong>de</strong> corte muito seca, sendo conhecida como carneDFD (Dark, Firm and Dry). Esta anomalia tem sido associada ao manejo pré-abate,após o transporte dos animais por longas distâncias e principalmente após longosperíodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso pré-abate. Períodos <strong>de</strong> espera iguais ou maiores que 20hcausam um significativo aumento da freqüência <strong>de</strong> carcaças DFD. Abate <strong>de</strong> suínos emdias com temperaturas ambientais em torno <strong>de</strong> 5 o C provoca aumento da freqüência<strong>de</strong> carnes DFD (Ourique, 1989).Quando o pH permanece inalterado após 24 h do abate (pH ≥ 6,0), as proteínasmiofibrilares se encontram muito acima <strong>de</strong> seu ponto isoelétrico. Neste caso, acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água está muito alta e a água se mantém <strong>de</strong>ntro da célula,unida às proteínas miofibrilares. Por isso, a luz inci<strong>de</strong>nte é pouco refletida dandoaparência escura à carne (Judge et al., 1989).Uma condição muito especial <strong>de</strong> carnes escuras já foi citada por Sayre et al. (1964)que, estudando a aptidão da carne suína ao processamento tecnológico, realizaram96

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!