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I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

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1 a Conferência <strong>Internacional</strong> <strong>Virtual</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> Suína16 <strong>de</strong> novembro a 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000 — Concórdia, SC<strong>de</strong> fusão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da composição <strong>de</strong> ácidos graxos da gordura. No entanto, como asgorduras são formadas por uma mistura <strong>de</strong> diversos glicerídios, sólidos e líquidos, nãotêm um ponto <strong>de</strong> fusão <strong>de</strong>finido como as substâncias puras e a fusão ocorre em umintervalo <strong>de</strong> temperaturas.Esta característica, <strong>de</strong>vido ao equipamento necessário para <strong>de</strong>terminá-la e ascondições exigidas para realizar o teste, não é fácil <strong>de</strong> obter e tem sido muitas vezessubstituída por uma aproximação, i.e., a temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento. Este é o valorem que uma amostra <strong>de</strong> gordura, à medida que amolece, sobe por um tubo capilar,empurrada pela ação da água quente. Seu valor é sempre menor que a temperaturaem que a gordura <strong>de</strong>rrete completamente.Em ensaios realizados com suínos terminados com diferentes dietas, foram obtidosvalores entre 27 e 30 o C <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento da gordura <strong>de</strong> suínosalimentados com bolotas <strong>de</strong> carvalho, enquanto que os valores da gordura <strong>de</strong> suínostipo recebo variaram entre 30 e 30,5 o C e os da gordura dos alimentados comcereais foi acima <strong>de</strong> 32 o C (M.A.P.A. - Ministério Espanhol da Agricultura, Alimentose Pesca, 1984). Já Dobao et al. (1986) obtiveram com suínos ibéricos puros, valores<strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento <strong>de</strong> 24,9 o C em animais alimentados com carvalho,enquanto que nos alimentados com ração ou farelo <strong>de</strong> cevada foi <strong>de</strong> 26,7 e 26,5 o C,respectivamente. Valores mais altos foram obtidos por Flores et al. (1988), tanto paraanimais alimentados com bolotas, como para os recebo e os alimentados com ração.Como é fácil <strong>de</strong>terminar a temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento, este parâmetro foireconhecido oficialmente (Or<strong>de</strong>m Ministerial <strong>de</strong> 7.11.88, publicada no Diário Oficial em8.11.88). No entanto, apesar <strong>de</strong> ser mais objetivo que simplesmente tocar o animal,tem muitas margens <strong>de</strong> erro porque o seu valor po<strong>de</strong> variar com:- A área anatômica <strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi retirada a amostra- As condições <strong>de</strong> armazenamento da gordura- As condições <strong>de</strong> preparação da amostra ou da pessoa que faz a medida.Além disso, este parâmetro po<strong>de</strong> ser facilmente modificado pela incorporaçãona ração <strong>de</strong> matérias primas com alto teor <strong>de</strong> gorduras com baixo ponto <strong>de</strong> fusão,obtendo-se temperaturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento semelhantes ou menores que as obtidasem animais alimentados com bolotas.Assim, temos uma situação similar ao da avaliação pelo tato: se um produto temalta temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento/fusão, po<strong>de</strong> ser assegurado que o animal não foialimentado na montanera, ou o foi minimamente, mas se, ao contrário, a temperatura ébaixa, não po<strong>de</strong>mos assegurar que é <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> um animal alimentado com bolotas.A composição <strong>de</strong> ácidos graxos é uma característica que reflete claramente oregime alimentar pré-abate. Esta marcante influência da dieta <strong>sobre</strong> a composição <strong>de</strong>gordura, assim como a <strong>de</strong>spesa e a dificulda<strong>de</strong> envolvidas na tentativa <strong>de</strong> controlar aadição <strong>de</strong> ração durante a montanera, fez com que começasse a se usar a composição<strong>de</strong> ácidos graxos da gordura subcutânea da carcaça para <strong>de</strong>tectar suplementações <strong>de</strong>ração em grupos <strong>de</strong> animais abatidos.Neste aspecto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995, o “mo<strong>de</strong>lo homologado <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> compra/venda<strong>de</strong> suínos ibéricos terminados para abate e processamento” estabeleceu valores <strong>de</strong>ácidos graxos que a amostra média <strong>de</strong> gordura subcutânea, retirada em cada grupo <strong>de</strong>animais incluído no contrato, <strong>de</strong>ve ter para ser consi<strong>de</strong>rada bellota ou recebo. Estesvalores estão na Tabela 2. Os principais critérios para a classificação dos grupos132

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