09.07.2015 Views

I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

I Conferência Internacional Virtual sobre Qualidade de Carne Suína ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1 a Conferência <strong>Internacional</strong> <strong>Virtual</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Carne</strong> Suína16 <strong>de</strong> novembro a 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000 — Concórdia, SCA QUALIDADE DA CARNE SUÍNA E SUAINDUSTRIALIZAÇÃONelcindo N. TerraLeadir L. M. FriesUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa MariaRio Gran<strong>de</strong> do Sul – BrasilDurante as últimas décadas tem sido dado gran<strong>de</strong> ênfase, quando da seleção dascarcaças suínas, no critério <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> representado pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carnemagra (ANTÓN, 1994). Optou-se por carcaças com alto conteúdo em músculoe carentes em gordura, buscando, em gran<strong>de</strong> parte, aten<strong>de</strong>r ao consumidor não<strong>de</strong>sejoso em consumir gordura animal, face a intensa correlação para com as doençascardio-vasculares. A carne consumida como tal, tinha como principal critério <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> a alta quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carne magra em <strong>de</strong>trimento da gordura, critério esteinsuficiente quando consi<strong>de</strong>ramos a transformação <strong>de</strong>ssa carne em produtos cárneosseguros e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. A realização integral da suinocultura acontece somentequando da sua industrialização.Recentemente, vários países, salientando-se os produtores <strong>de</strong> produtos cárneosindustrializados, tais como a Itália, Alemanha e França, passaram a preocuparem-setambém com a produção <strong>de</strong> carne para a industrialização. Nesses países, a carnesuína é principalmente consumida como produto industrializado. Em nosso país, oinverso é verda<strong>de</strong>iro, daí a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma atenção muito gran<strong>de</strong> no fornecimento<strong>de</strong> uma carne compatível com a qualida<strong>de</strong> do produto cárneo. Saliente-se que aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer produto cárneo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, principalmente, da qualida<strong>de</strong> dacarne utilizada como matéria prima.Quando preocupa-se com a qualida<strong>de</strong> da carne como matéria prima <strong>de</strong>ve-seenfatizar dois fatos maiores, quais sejam: características microbiológicas e aptidãotecnológica.As boas práticas <strong>de</strong> higiene do animal antes do abate são importantes, pois acarga microbiana presente no couro do animal po<strong>de</strong> exce<strong>de</strong>r a 10 9 UFC/cm 2 e po<strong>de</strong>mcontaminar a carne durante a operação <strong>de</strong> esfola. Esta microbiota presente no courodo animal é formada por bactérias Gram negativas, como Acinetobacter, Alcaligenes,Flavobacterium, Moraxella, Pseudomonas, enterobactérias e por bactérias Grampositivas como Brochotrix thermosphacta, Bacillus, Micrococcus e Staphylococcusbem como bolores e leveduras (LEE & FUNG, 1986). Normalmente, em condições aeróbicas,a microflora predominante é representada por Pseudomonas e em condiçõesanaeróbicas, por bactérias do gênero Lactobacillus, os quais são microrganismosque po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>senvolver em temperaturas <strong>de</strong> refrigeração e constituem a flora<strong>de</strong>teriorante da carne durante seu armazenamento. Por outro lado, Clostridium botulinum,Yersinia enterocolitica, Escherichia coli, Listeria monocytogenes e Aeromonashidrophila são exemplos <strong>de</strong> microrganismos patogênicos, que também po<strong>de</strong>m se<strong>de</strong>senvolver em temperaturas <strong>de</strong> refrigeração (PALUMBO, 1986).Durante o processo <strong>de</strong> abate, a esfola e a evisceração são consi<strong>de</strong>rados pontoscríticos <strong>de</strong> controle que po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>terminar uma maior ou menor contaminação dascarcaças. A esfola é a etapa que mais contribui para a contaminação da carcaça, pois147

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!