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·renpI<br />

52<br />

" SfOf{:ando-se por se fazer adbabitualmente<br />

"da esq~erda , ;0: adultos que pretendiam ser.<br />

mitir desde logo no numero . .<br />

. e muito simples. Os pnmel-<br />

A explica~ao dessa dlferen~a i' de uma profissao, celeros,<br />

que se preparam para ? e~:rca~lOda escola e uma posi~ao<br />

braIn, por sua .conduta, a llber: "'~ socials. Colocados na situaja<br />

tomada no. sl~tema das f~:t~;~ indiferenciado do ginasiano<br />

~ao intermednlrlR ~nt~e 0 ue se destinam, eles se sentem<br />

e a atividade e.s~l~llzada a ~ "ie .os contradit6rios pr6prios<br />

marginais e relvmdlCam OS pnvl gl<br />

de uma e outra condi!:lio. .<br />

.... . ompensa~aOI as carrelras<br />

Nas letras e nas ClenCIaS: em ~l mas profissoes imprehabituais:<br />

professo rado , pesqUl~ e t d~te que as escolhe nao<br />

cisas, sao de ou~ra nat~reza... ~~~ra antes, conserva-lO. 0<br />

diz adeus aD universo lufantll. ~ f"d aos adultos que<br />

- e .nieo melO 0 erecl 0<br />

professorado nao. 0 u I? 0 estudante de letras OU<br />

Ihes permite contmuar. na esco a. pecie de reeusa que opOe<br />

de cH~ncias se caracterlza por uma_ eSquase conventual 0 incita<br />

as exig~ncias do grupo.. uma reac;;a~e maneira mais duravel,<br />

a se retirar temI:?rAna~e:tenao~ransmissaodum patrimonio<br />

no estudo, na preserva~o . quanto ao futuro sabio, seu<br />

independente da hora que pa~sa, a -0 do universo. Nada e<br />

objeto s6 se mede pela pr6pn~i~ur r que participem; mesmo<br />

pois mais falso do ...que persuat" -io:c;;ao nao consiste em aceitar<br />

quando pensam faze-Io, sua par IC P d suas func;;(5es em asurn<br />

dado, em se identifica r . com u~:oai~~ mas em jUI~-IOS do<br />

sumir as vantagens e o~l rlS~~~os na~ fizessem parte da silado<br />

de fora e como se. e e~ e . da uma maneira particular<br />

tuac;;ao; seu "compromlss o . am uisa nao se confundem,<br />

de continuar livre.s. 0 ensmo e :e::'do de urn ofieio. Sua<br />

d~sse ponto de vI~ta,. com o. ~~m em ser OU urn refugio, ou<br />

grandeza e sua mlsena eonSIS ,<br />

uma missao. f" . por<br />

.' - r urn lado, 0 0 ICIO, e _<br />

Nessa antInoml~ que °r:.~i POo que oseila entre a missao<br />

outro urn empreendlmento a gu de uma e de outra, sendo<br />

f" do sempre<br />

e 0 refugio, par IClpan t rafia ocupa certamente urn<br />

tambem ?u. u~a ou outra'fo~~ano~ais e.."'ttrema que se possa<br />

lugar prlVlleglado. E ~ Mesmo querendo-se humano, 0<br />

conceber do segundo termo.. ar 0 bomem de urn ponto de<br />

etn6grafo procura conbecer e Julg fastado para abstrai-Io das<br />

vista suficienteme~te elevadot \ a ociedade ou tal civilizaC;;ao.<br />

contingencias partlc~lares ~ : :albo 0 separam flsicamente<br />

Suas condi~oes de Vlda e e ra<br />

TB!STES TB6PICOS 53<br />

do seu grupo durante longos periodos; pela brutalidade das<br />

mudangas a que se eXpOe, ele adquire uma es~cie de desenraizamento<br />

cr6nico: nunea mais se sentira "em casa" em<br />

nenbum lugar, e ficara psicolbgicamente mutilado. Como as<br />

matematicas ou a musica, a etnografia e uma das raras voca·<br />

c;;oes autenticas. Podemos descobrf-la dentro de n6s, meSillO<br />

que jamais no-la tenbam ensinado.<br />

As particularidades individuais e as atitudes SOCIalS, de·<br />

vem-se juntar motivac;;Oes de natureza propriamente intelectual.<br />

o periodo 1920-1930 foi 0 da difusiio das teorias psicanaliticas<br />

na Franc;;a. Por meio delas, aprendi que as antinomias estaticas<br />

em t6rno das quais nos aconselhavam a construir nossas<br />

dissertac;;(5es filos6ficas e mais tarde nossas lic;;Oes - racional<br />

e irracional, intelectual e afetivo, 16gico e prel6gico - nao<br />

eram mais que urn jOgo gratuito. Antes de mais nada, aMm<br />

do racional existia uma categoria mais importante e mais<br />

valida, a do "significante", que e a mais alta maneira de ser<br />

do racional, mas da qual os nossos profess6res (mais ocupados,<br />

sem duvida, em meditar 0 Ensaio B6bre os Dados I1nediat08<br />

da Consoitnoia que 0 Curso de Linguistioa Geral de F. de<br />

Saussure) nao pronunciavam nem mesmo 0 nome. AMm disso,<br />

a obra de Freud me revelava que essas oposi('oes nao 0 eram<br />

de fato, visto serem precisamente as condutas em aparencia<br />

mais afetivas, as opera('6es menos racionais, as manifestac;;5es<br />

declaradas prel6gicas, as que sao, ao mesmo tempo, as mais<br />

significativas. Em lugar dos atos de fe ou das peti\;ijes de<br />

principio do bergsonismo, que reduziam os seres e as coisas<br />

a urn mingan para melhor fazer ressaltar sua natureza inefavel,<br />

eu me convenci que seres e coisas podem conservar os senS<br />

valores pr6prios sem perder a nitidez dos contornos que os<br />

delimitam nns com relac;;ao aos outros e dao a eada um uma<br />

estrutura intelig(vel. 0 conhecimento nao repousa sobre uma<br />

renuncia ou s6bre uma berganha, mas consiste numa selec;;ao<br />

dos aspectos verdadeiros, isto e, os que coincidem com as<br />

propriedades do men pensamento. Nao como pretendiam os<br />

neo-kantianos, por exercer este ultimo s6bre as coisas uma<br />

inevitavel pressao, mas antes porque 0 meu pensamento e,<br />

ele pr6prio, urn objeto. Sendo "deste mundo", participa da<br />

mesma natureza que ele.<br />

Essa evoluc;;ao intelectual, que sofri juntamente com outros<br />

homens da minha geraC;;ao, coloria-se, contudo, dum matiz particular,<br />

em consequencia da intensa curiosidade que, desde a<br />

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