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TRISTES TB6PICOS 87<br />
. ada r~ua esquisitice. Ha secul?S'<br />
puuhaIll ,!-'lt~ de ma!s_n ~dO cada vez mals raras. SeJa<br />
que essas ocasioes se ~~m tor~~ t menos se "surpreende" do<br />
na india ou na America, 0 VlaJ~~ ~iVOS e itinerarios, atribuique<br />
"reconhece". Escolhendo °d Je fer'r tal data de penet<br />
d a liberdade e pre 1 •<br />
mo-nOS sobre U 0 . _ d iviliza~ao meciinica a tais<br />
tra~ao, tal rltmo de m~asao a c ume na col~o de estados<br />
Qutros. Abusea do exotlsmo se :8 desenvolvimento familiar.<br />
antecipados ou retardados de u 'do pela falta de<br />
antiquario constraDgJ. ,<br />
o viajante tarna-se al~ria de arte negra para se reobjetos,<br />
a abandonar a sua glhUScas pechinehadas durante os<br />
. nar com as lembranc;as ve l • d<br />
Slg i belchiores da terra hablta a.<br />
sens passe os nos . fveis no centro de uma<br />
Essas diferen~s saO Ja ~r?ePtm a flora~ao cada uma<br />
cidade. Como_ planta~ que atlll~~~~os trazem a marca dos<br />
ua sua esta~ao partIcUI~r'a~S0 sen crescimento, 0 sell desenseculos<br />
em que se P~Od~tl~o Nesse canteiro de vegeta~ao urvolvimento<br />
e 0 sen ~ TII..l.. _ Em Paris 0 "Marais"<br />
bana, bli concomit:1nCl~S ;v~~c~s~o~~lor 0 corroi;' especie mais<br />
estava em flor nO secu 0 d~abrochava sob 0 Segundo Imtardia,<br />
0 bairro da operah' desbotadas, saO ocupadas por<br />
perio, maS as suas ~asas, oJecomo insetos, ai encontra urn<br />
uma fauna de gentmha. que, formas de atividade. Ternesterreno<br />
propicio a h~mil~es no sen luxo defunto como urn<br />
l\'Ionceau permanece crIstallzado b nte muito alem do sen<br />
grande crisiintemo carregan1° tno.I~~~SeSY ainda ontem era britermo<br />
a cabe{.'a ressecada. ~ eu~s sufocarn numa moita de<br />
Ihante; agora, suas flores v~:~z a pouco com uma paisagem<br />
imoveis que 0 confundem po<br />
de subUrbio. . 'dades multo distantes<br />
Quando se comparam entre Sl Cl . I "e<br />
hist6ria essas diferen~as de CiC 0 ::;<br />
pela geograf~a e pela. desiguais. Desde que nos afa~complicam<br />
amda com.rItmos e muito "com~ de seculo", caItamos<br />
do centro do ~~o, que Ion as avenidas plantadas de<br />
mos em ruas tranqullas, e~ pal~sandros em tabuleiros, ~as<br />
palmeiras, de manguelras e e d moda no meio de jardms.<br />
quais se eleva m pa~ac~tes", for~ai: tarde' nos bairros residen<br />
Penso (como deverIa ~~e- 0 em Biarritz sob Napoleao III.<br />
ciais de Calcutli) em NIce .ou ue inatuais. Nao e a ve<br />
Os tropicos sao menos exotlco~ ~ dd O qpormenores arquitetonicos<br />
- os atesta mas miU os -<br />
geta~ao que 'A de vida que noS convence, naO<br />
e a SUgestao de urn gener.o spa~os como de havermos<br />
tanto de termos transposto Imensos e ,<br />
recuado imperceptlvelmente no tempo.<br />
Rio de Janeiro DaO e construida como uma cidade qualquer.<br />
Estabelecida, primeiramente, na zona plana e pantanosa<br />
que rodeia a baia, eIa se introduziu entre os morros<br />
abruptos que a asfixiam de todos os lados, a maneira de<br />
dedos numa Iuva muito estreita. TenUiculos urbanos, muitas<br />
vezes com 0 comprimento de 20 a 30 quiWmetros. coleiam na<br />
base de forma!:Oes graniticas cujo declive e tao forte que<br />
nenhnma vegeta('ao ai consegue brotar; por vezes, num terra(.'O<br />
isolado ou numa garganta profunda, uma ilha de floresta<br />
conseguiu instaIar-se, tanto mais verdadeiramente virgem<br />
quanto 0 lugar e inaccessivel, mau grado a sua proximidade:<br />
de avUio, tem-se a impressao de ro~r os galhos, nesses corredores<br />
frescos e graves onde se plana entre tape~arias suntuosas<br />
antes de aterrisar a seus ves. Essa cidade, tao prooiga<br />
em colinas, trata-as com urn desprezo em parte explicado pela<br />
falta de ligna nos cimos. 0 Rio e, quanta a isso, 0 contrario<br />
de Chittagong, no gOlfo de Bengala: numa planicie pantanosa.<br />
pequenas eIeva~es conicas de argila alaranjada, brilhante sob<br />
a e;rva verde, trazem, cada uma, urn bangalo solitario, fortaleza<br />
dos ricos que se protegem do calor pesado e da sordidez<br />
dos miseraveis. No Rio, e 0 contrario: essas calotas globu<br />
Iosas em que 0 granito forma urn bloco, eomo fundido, reverberam<br />
tao violentamente 0 calor que a brisa circulando no<br />
fundo dos desfiladeiros nao consegue subir. Talvez 0 urbanismo<br />
j do<br />
carnaval, desceriam das alturas e invadiriam a cidade com eles.<br />
A cidade se modifica em distllncia tanto quanto em altura.<br />
Desde que nos metamos por uma dessas pistas urbanas que<br />
mergulham os seus meandros entre as cOlinas, 0 aspecto se<br />
torna rapidamente suburbano. Botafogo, no fim da avenida<br />
Rio-Branco, e ainda a cidade de luxo, mas, depois do Flamengo,<br />
parece que estamos em Neuilly, e. na altura do tunel de Copacabana<br />
seria, ha vinte anos, Saint~Denis au 0 Bourget, com<br />
uma tonalidade campesina a mais, como poderia ser 0 nosso<br />
subUrbio antes da guerra de 1914. Em Copacabana, hoje em<br />
dia ouri~o de arranha·ceus, eu descobria somente uma cidadezinha<br />
de provincia com 0 seu comercio e as suas lojas.<br />
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