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,<br />
'Ilmpi<br />
66<br />
copio: descobriu-se que era constituida de mil pequenos faamentos<br />
sustentando formas roU~as, como um esqueleto.<br />
Agora, Os raios direto8 do sol haviam desaparecido completamente.<br />
0 ceu jll niio apre8entava 8endo as cure8 r08a<br />
e amarew: camarao, salmiio, linho, palha; e sentiu-se desaparecer<br />
tambem e88a riqueza di8creta. A paisagem cele8te<br />
renasoia numa gama de brancos, de azuis e de verdes. Entretanta,<br />
pequenos recantos do horizonte desfrutava111' ainda<br />
de uma vida etemera e independente. A esquerda, um veu<br />
despercebido atirrnou-se de repente como um capricho de verdes<br />
misteriosos e mesclados; cstes passaram progres8ivamente<br />
a vermelhos primeiro intensos, depo'Ls 8ombrios, depois violetas,<br />
depois negr08, para 8e reduzir aD trQ{iO irregular de um<br />
carvao To(}anda por um papel granuloso. Por tras, 0 ceu era<br />
de um amarelo-verde alpestre e a barra ficava opaca com um<br />
conforM rigoro8o. No ceu de oeste, pequenas estrias horizontais<br />
de auro cintilaram ainda um instante, mas para 0<br />
norte ja era quase noite: a muralha mamalhuda mostrava<br />
apenas conve:I:idades esbranqui{:adas sob um ceu de cal.<br />
Nada mais misterioso do que 0 confunto dos processos sempre<br />
identicos, mas imprevisiveis, pews quais a noite sucede<br />
ao dia. Sua marca aparece subitamente n.o coo, acompanhada<br />
de incerteza e de angUstia. Ninguem poderia adivinhar a<br />
forma que adotara, essa vez unica entre t6das as outras, a<br />
irrup{:ao noturna. Por uma alquimia impenetrti:vel, cada cor<br />
consegue metamorfosear-se na sua complementar, ao passo que<br />
8e 8abe perfeitamente que, na pa!heta, e indi8pensavel abrir<br />
outro tUbo a jim de obter 0 mesmo resultado. Mas, para a<br />
noite, as misturas niio tem limite, pois ela inaugura um espet: ,<br />
rta aSStm um reMvo de sombras .. . L1. agua adqutcomo<br />
num metal. T(jda t nttt~as, . marcadas, gravadas<br />
E t- ransparOnCta tmha desaparecido<br />
n ao, por uma passagem muito .<br />
imperceptivel e instanttlne t comum, mas, como sen'tpre,<br />
mUdou. No ceu opaco ao a a. arde deu lugar<br />
k<br />
a noite, Tudo<br />
amarelo livido e passando ortzonte, depois, em cima, de um<br />
vam-se as ultimas nuvens t~:~:l: :ZUl no z~nite, d~smanChadamente,<br />
nao houve nULls ue a as pelo /trn: do dta. Rdpicomo<br />
os pontos de apOio d~ u sombras. esgUlaS e m6rbidas,<br />
e8petaculo e num palco de8prov":'ao C~~lI~tO do qual, depois do<br />
pente a pobreza a jragilid d uz, percebemos de rea<br />
reaUdade de ~ue conSeg:ir: e ~ carat~r z:.rovi~6r'io, e que<br />
da Sua natureza, mas de ual m ar.a. ~lusao .nao. dependia<br />
de perspectiva. Tanto qua~to ~~er :rtljtc~o. de tlumlnar;ao ou<br />
mavam a cada segundo pa . p uco VtVlam e se transtorma<br />
imutdvel e doloro;a reCtam. agora congelados nUma forcrescente<br />
conjundi-los-ia 'de~ mew do ceu cuja obscuridade<br />
n ro em poueo COm ele mesmo.<br />
67<br />
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