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o soneto brasileiro

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autêntico poeta simbolista no sentido francês do termo, todos os mais -<br />

Oscar Rosas, Azevedo Cruz, Wenceslau de Queirós, Félix Pacheco, Araújo<br />

Figueiredo, Arcangelus de Guimaraens, Lívio Barreto, Ricardo de Lemos,<br />

I. Xavier de Carvalho, Adolfo Araújo, Cunha Mendes, Emílio Kemp, Gonçalo<br />

Jácome, Maurício Jobim, Narciso Araújo, Euclides Bandeira, Saturnino de<br />

Meireles, Tristão da Cunha, J. Itiberê da Cunha, Aristides França,<br />

Álvaro Reis, Domingos de Almeida e algumas dezenas de outros - não<br />

conseguiram acolhida para os seus nomes na memória das gerações que se<br />

sucederam.<br />

[5.48] Desses poetas, uns, egressos do parnasianismo, a este volveram,<br />

mais tarde, outros foram simultaneamente parnasianos e simbolistas, e<br />

ainda outros, tateantes cristãos-novos da escola, não chegaram a saber o<br />

que desejavam, no que os favorecia a própria inconsistência dos<br />

princípios básicos do sistema poético escolhido.<br />

[5.49] Após esse rápido movimento literário, operado na nossa poesia nos<br />

últimos anos do século XIX, e que se circunscreveu quase exclusivamente<br />

ao Rio de Janeiro e a algumas províncias do Sul do país, nomeadamente às<br />

de Santa Catarina e Paraná, nenhuma outra doutrina literária veio tomar<br />

o governo dos espíritos, salvo e parcialmente o chamado "modernismo",<br />

surgido no decênio de 1920, o qual em nada interessa à história do<br />

<strong>soneto</strong> <strong>brasileiro</strong>. Este, todavia, continua a ser cultivado, senão com o<br />

apuro de forma característico dos parnasianos, ao menos com certa<br />

elegância artística e bom gosto, em que pese à legião de maus poetas que<br />

não se cansa de lhe invadir os sacros domínios.<br />

[5.50] A título de complemento ilustrativo à matéria do presente<br />

capítulo, houvemos por bem anexar a este ensaio, como "apêndice",<br />

reduzida coletânea de espécimes do <strong>soneto</strong> <strong>brasileiro</strong>, com a qual temos<br />

em vista ressaltar o ritmo da sua evolução histórica e o seu caráter<br />

como obra de arte. Não se trata, é certo, de uma "antologia", organizada<br />

segundo as normas geralmente adotadas na composição de seleções do mesmo<br />

gênero; consiste a coletânea, como se verá, em simples exposição do<br />

"panorama do nosso <strong>soneto</strong>", na sua marcha ascendente, do século XVII ao<br />

século XX, com os seus raios e as suas sombras, para maior inteligência<br />

e elucidação do que deixamos resumidamente exposto no aludido capítulo.<br />

[5.51] Faz-se necessário esclarecer que coartou parcialmente o nosso<br />

intento, ao organizar o citado "panorama", a necessidade de atender às<br />

dimensões do volume do mesmo ensaio, pelo que tivemos de nos valer do<br />

recurso de coligir somente pequeno número de <strong>soneto</strong>s de autores que já<br />

receberam a aliás bem triste consagração da morte, com prejuízo de<br />

outros, também notáveis, de poetas vivos, que se orgulham de manter a<br />

tradição legada por Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac,<br />

na arte da lapidação do insuperável poema.<br />

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