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o soneto brasileiro

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[8] APÊNDICE I: PANORAMA DO<br />

SONETO BRASILEIRO<br />

A edição original chegava até o exemplo enquadrado no tópico 8.56; dali<br />

ao final, acrescentei exemplos mais recentes, que atualizam a amostragem<br />

pretendida por Cruz Filho, contemplando, naturalmente, as diversas (às<br />

vezes divergentes) tendências do sonetismo contemporâneo. Num ou noutro<br />

caso substituí o <strong>soneto</strong> preferido de Cruz Filho por outro, menos<br />

palatável. Além desta seleta, incluo <strong>soneto</strong>s de vária autoria em meio<br />

aos apontamentos que fiz, para cuja localização sugiro a consulta ao<br />

índice onomástico. O mesmo vale para alguns <strong>soneto</strong>s que Cruz Filho<br />

transcreve ao longo do texto e não repete neste capítulo.<br />

[8.1] GREGÓRIO DE MATOS GUERRA (1633-1696)<br />

CIDADE DA BAHIA<br />

A cada canto um grande conselheiro,<br />

Que nos quer governar cabana e vinha;<br />

Não sabem governar sua cozinha,<br />

E podem governar o mundo inteiro.<br />

Em cada porta um bem freqüente olheiro,<br />

Que a vida do vizinho e da vizinha<br />

Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,<br />

Para o levar à praça e ao terreiro.<br />

Muitos mulatos desavergonhados,<br />

Trazidos sob os pés os homens nobres,<br />

Posta nas palmas toda a picardia,<br />

Estupendas usuras nos mercados,<br />

Todos os que não furtam muito pobres:<br />

E eis aqui a cidade da Bahia.<br />

[8.2] ALEXANDRE DE GUSMÃO (1695-1753)<br />

A JÚPITER, SUPREMO DEUS DO OLIMPO<br />

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