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o soneto brasileiro

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São, às vezes, as surdinas<br />

Dos peitos apaixonados<br />

Aquelas notas divinas<br />

Que ele desprende aos bocados...<br />

Tem, ora os prantos magoados<br />

Dessas crianças franzinas,<br />

Ora os risos debochados<br />

Das mulheres libertinas...<br />

Quando o ouço vem-me à mente<br />

Um prazer intermitente...<br />

A harmonia, que desata,<br />

Geme, chora... e de repente<br />

Dá uma risada estridente<br />

Nos "allegros" da Traviata.<br />

[8.27.2] Compare-se a voz poética do Gordo com a voz espiritual a ele<br />

atribuída:<br />

EU MESMO [Emílio de Meneses, psicografado por Chico Xavier]<br />

Eu mesmo estou a ignorar se posso<br />

Chamar-me ainda o Emílio de Meneses,<br />

Procurando tomar o tempo vosso,<br />

Recitando epigramas descorteses.<br />

Como hei de versejar? Rimas em osso<br />

São difíceis... contudo, de outras vezes,<br />

Eu sabia rezar o Padre-Nosso<br />

E unir meus versos como irmãos siameses.<br />

Como hei de aparecer? O que é impossível<br />

É ser um santarrão inconcebível,<br />

Trazendo as luzes do Evangelho às gentes...<br />

Sou o Emílio, distante da garrafa,<br />

Mas que não se entristece e nem se abafa,<br />

Longe das anedotas indecentes.<br />

AOS MEUS AMIGOS DA TERRA [Meneses, psicografado por Xavier]<br />

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