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o soneto brasileiro

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Na visão dos micróbios destruidores,<br />

Senti somente angústias e estertores,<br />

No turbilhão das sombras negativas.<br />

Foi preciso "morrer" no campo inglório,<br />

Para encontrar esse laboratório<br />

De beleza, verdade e transformismo!<br />

A Ciência sincera é grande e augusta,<br />

Mas só a Fé, na estrada eterna e justa,<br />

Tem a chave do Céu, vencendo o abismo!...<br />

ATUALIDADE [Augusto dos Anjos, psicografado por Chico Xavier]<br />

Torna Caim ao fausto do proscênio.<br />

A Civilização regressa à taba.<br />

A força primitiva menoscaba<br />

A evolução onímoda do Gênio.<br />

Trevas. Canhões. Apaga-se o milênio.<br />

A construção dos séculos desaba.<br />

Ressurge o crânio do morubixaba<br />

Na cultura da bomba de hidrogênio.<br />

Mas, acima do império amargo e exangue<br />

Do homem perdido em pântanos de sangue,<br />

Novo sol banha o pélago profundo.<br />

É Jesus que, através da tempestade,<br />

Traz ao berço da Nova Humanidade<br />

A consciência cósmica do mundo.<br />

[8.47] COSTA E SILVA (1885-1950)<br />

EGO<br />

Sou, talvez, o mais triste ser humano<br />

Que vive sob o céu ou sobre o solo,<br />

Porque possuo o espírito de Apolo<br />

Na feia catadura de Vulcano.<br />

Malgrado esta desdita e o desengano<br />

A que Amor me votou, eu me consolo<br />

Na esperança de ainda sobre um colo<br />

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