13.12.2012 Views

o soneto brasileiro

o soneto brasileiro

o soneto brasileiro

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Sous les nappes d'azur de la mer d'Ionie<br />

Qui soupire au matin sa chanson infinie,<br />

(...)<br />

De vos grottes de nacre aux changeantes couleurs<br />

Où le rose corail épanouit ses fleurs,<br />

Des berceaux d'algue verte aimés des Dieux Tritones,<br />

Des mobiles vallons parsemés d'anémones,<br />

Des profondeurs où luit sur le sable vermeil<br />

L'opaline clarté d'un magique soleil,<br />

Montez! Laissez flotter dans les brises charmées<br />

Vos tresses, d'un arome âpre et doux embaumées,<br />

Et, mieux que le dauphin joyeux et diligent,<br />

Fendez le flot natal d'un sillage d'argent!<br />

[6.6.26] Antes de concluirmos este capítulo, tomemos a Ernesto Renan<br />

estas elucidativas palavras: "Não há neste mundo lugar tão insulado que<br />

seja inacessível ao vento soprado de outros quadrantes. A história do<br />

espírito humano é tão cheia de sincronismos, que não causa surpresa o<br />

fato de, sem prévia comunicação entre si, chegarem, ao mesmo tempo,<br />

idéias e representações idênticas às mais distanciadas frações da<br />

espécie humana".<br />

[6.7] VASOS FLORIDOS<br />

[6.7.1] "Vase brisé" é o título de interessante poemeto de Sully<br />

Prudhomme, incluído na coletânea de suas poesias denominada "Stances"<br />

("Stances et poèmes" - 1865).<br />

[6.7.2] Aquele poemeto, sem outro motivo plausível que não seja o do seu<br />

tema sentimental, conquistou uma das maiores celebridades de que há<br />

notícia, não só na França, mas também no estrangeiro, tendo chegado ao<br />

extremo de ofuscar, com a sua acolhida pelo consenso público, a opulenta<br />

floração dos versos do grande poeta francês, hoje distribuída em meia<br />

dúzia de belos e elegantes volumes do editor Lemerre.<br />

[6.7.3] Por analogia com a popularidade do poemeto que conserva vivo o<br />

nome de Sully Prudhomme, Alberto Faria, notável polígrafo <strong>brasileiro</strong>,<br />

houve por bem dar o nome de "vase brisé" ao conhecido <strong>soneto</strong> do nosso<br />

poeta e diplomata Antônio Peregrino Maciel Monteiro (1804-1868) que<br />

assim começa: "Formosa, qual pincel em tela fina..."<br />

[6.7.4] Esses "vasos fendidos", há-os, com maior ou menor popularidade,<br />

em todas as literaturas, intrigando, não raro, o leitor, sobretudo o<br />

133

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!