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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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jayme martins<br />

Entre 2000 e 2010, a <strong>China</strong> foi anualmente responsável por 10%<br />

a 20% do crescimento mundial, ao mesmo tempo que se registrou um<br />

aumento anual nas importações superior a US$ 100 bilhões. Com sua<br />

incorporação à OMC, a <strong>China</strong> impulsio<strong>no</strong>u seu processo de Reforma e<br />

Abertura Econômica para o Exterior e ainda fez com que o volume de<br />

seu comércio exter<strong>no</strong> se multiplicasse por seis, passando de US$ 500<br />

milhões aos atuais US$ 3 bilhões.<br />

Após o ingresso na OMC, o gover<strong>no</strong> chinês liberalizou ainda mais o<br />

mercado para as empresas priva<strong>das</strong>, impulsionando seu desenvolvimento<br />

acelerado, o que permitiu que as mesmas se tornassem responsáveis por<br />

grande parte do conjunto <strong>das</strong> exportações do País.<br />

As corporações transnacionais e os investimentos estrangeiros<br />

também muito contribuíram para o desenvolvimento da eco<strong>no</strong>mia<br />

chinesa, e Pequim tem se mostrado disposta a ouvir as críticas alheias e<br />

a levar em conta as justas deman<strong>das</strong>.<br />

Costuma-se dizer que a <strong>China</strong> foi a maior beneficiada por seu<br />

ingresso na OMC. Contudo, <strong>no</strong> sistema de comércio multilateral, os<br />

países desenvolvidos, especialmente os EUA e os da União Europeia são<br />

os que mais se beneficiam. Por experiência própria, os países emergentes<br />

sabem que foram os EUA e os países europeus que definiram as <strong>no</strong>rmas<br />

da OMC e são seus maiores beneficiários. As vantagens consegui<strong>das</strong> pela<br />

<strong>China</strong> decorrem sobretudo <strong>das</strong> políticas que tem adotado em seu processo<br />

de Reforma e Abertura e de seus contínuos esforços para a adaptar-se às<br />

<strong>no</strong>rmas internacionais.<br />

Como <strong>no</strong>vo membro da OMC, a <strong>China</strong> participou pela primeira vez<br />

na elaboração <strong>das</strong> regras comerciais para a Rodada Doha que tratam<br />

dos aspectos relacionados com a agricultura, a indústria, o comércio<br />

e os serviços, da solução <strong>das</strong> disputas comerciais e <strong>das</strong> medi<strong>das</strong><br />

antidumping. Nessas negociações, a <strong>China</strong> se alia com os países em vias<br />

de desenvolvimento, como o <strong>Brasil</strong> e a Índia, congregando esforços para<br />

salvaguardar interesses comuns e alterar o desequilíbrio histórico nas<br />

<strong>no</strong>rmas comerciais que favorecem sobretudo os países industrializados.<br />

Cumprindo fielmente seus compromissos, a <strong>China</strong> rebaixou em<br />

grande parte os juros, cuja média caiu de 15,3% para 9,8% em 2009,<br />

criou uma centena de subsetores <strong>no</strong> campo dos serviços e ajustou leis<br />

e praticas comerciais, fomentando, assim, a proteção dos direitos de<br />

propriedade intelectual.<br />

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