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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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eflexões sobre a política de c,t&i da china<br />

Nota-se, portanto, o papel ativo do gover<strong>no</strong> central, ator chave <strong>no</strong><br />

planejamento e financiamento de atividades econômicas, especialmente<br />

<strong>no</strong> que se refere à provisão de uma infraestrutura básica para o<br />

desenvolvimento industrial, à assistência financeira para atividades<br />

considera<strong>das</strong> estratégicas para o desenvolvimento do país, além de<br />

assistência para projetos de desenvolvimento industrial e de infraestrutura<br />

<strong>no</strong> interior do país. Em relação a este último ponto, ressalta-se que a<br />

questão regional consiste num sério gargalo para que a <strong>China</strong> obtenha um<br />

desenvolvimento mais equilibrado.<br />

Destaca-se, também, o ativo emprego de uma série de instrumentos<br />

para organizar a atividade produtiva por meio de orientações para a<br />

fusão de empresas e o estabelecimento de diretrizes com o objetivo de<br />

formar grandes conglomerados nacionais aptos a competir <strong>no</strong> mercado<br />

internacional (Liu, 2011). Entre tais instrumentos, cabe mencionar, em<br />

primeiro lugar, a concessão de meios para empresas obterem financiamento<br />

de grandes bancos públicos. Aos gover<strong>no</strong>s locais ou consórcios públicos<br />

tem sido oferecida a possibilidade de emissão de títulos especiais como<br />

forma de financiar o desenvolvimento de indústrias nas áreas de energia<br />

e comunicações. A listagem de companhias na bolsa de valores é sujeita à<br />

aprovação oficial do gover<strong>no</strong> central e o mesmo ocorre <strong>no</strong> caso de obtenção<br />

de recursos <strong>no</strong> exterior.<br />

Um segundo conjunto de instrumentos refere-se à oferta de taxas<br />

de juros preferenciais e subsídios fiscais. O banco central chinês oferece<br />

taxas de juros baixas para empréstimos de longo prazo para setores e<br />

empresas específicas a serem promovidos. Verifica-se a concessão de<br />

diversos tipos de incentivos fiscais direcionados para objetivos específicos<br />

de desenvolvimento industrial e regional (Liu, 2011).<br />

Quanto à política de C,T&I, Ping (2010) menciona que ela passou,<br />

nas últimas três déca<strong>das</strong>, por três fases. A primeira (1985-1992)<br />

preocupou-se basicamente com a Reforma do Sistema de Financiamento<br />

e Relaxamento da Governança <strong>das</strong> Instituições de Pesquisa. Nesta fase,<br />

a direção principal da política de ciência e tec<strong>no</strong>logia era “flexibilizar a<br />

organização <strong>das</strong> instituições de pesquisa”.<br />

Na reforma do sistema de financiamento da pesquisa, o gover<strong>no</strong><br />

visou reduzir gradualmente o apoio a despesas operacionais para as<br />

instituições de pesquisa, focando aquelas potencialmente envolvi<strong>das</strong> <strong>no</strong><br />

desenvolvimento tec<strong>no</strong>lógico. Para as instituições de pesquisa científica<br />

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