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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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amaury porto de oliveira<br />

para ir registrando tudo que continuou a ser feito nesse setor. Dando um<br />

salto para o <strong>no</strong>vo século, lembrarei que em outubro de 2005 o Comitê<br />

Central do PCC elevou as atividades de Ciência, Tec<strong>no</strong>logia e I<strong>no</strong>vação<br />

(CT&I) ao nível de esforço estratégico. E em março do corrente a<strong>no</strong>,<br />

a Assembleia Nacional do Povo, o Legislativo chinês, aprovou o 12°<br />

Pla<strong>no</strong> Quinquenal de Desenvolvimento Econômico, trazendo ambiciosos<br />

objetivos em sete setores industriais.<br />

O número de março de 2011 da <strong>China</strong> Eco<strong>no</strong>mic Quarterly<br />

traz importante artigo de Michael Clendenin, analista baseado em<br />

Xangai, com dados que atualizam as realizações em marcha na <strong>China</strong><br />

<strong>no</strong> tocante à nascente indústria <strong>das</strong> energias verdes. Clendenin põe<br />

ênfase naquela circunstância de que os chineses estão entrando nessa<br />

indústria num estágio inicial da sua formação, com todo o ímpeto de<br />

campeões da produção a baixos custos, mostrando-se assim capazes<br />

de resolver o dilema que as velhas companhias energéticas não têm<br />

podido superar: produzir energias re<strong>no</strong>váveis a preços competitivos<br />

com o carvão e os hidrocarbonetos. Companhias chinesas como a<br />

Suntech ou a Goldwind já começam a captar o <strong>no</strong>vo valor da energia<br />

verde, irritando velhas donas do terre<strong>no</strong>. E com a explosão da <strong>no</strong>va<br />

demanda energética chinesa, o país torna-se não apenas um grande<br />

investidor <strong>no</strong> setor da energia limpa (como mostra o gráfico da<br />

Scientific American), mas também um desti<strong>no</strong> favorecido dos dólares<br />

de fora que buscam o setor, eclipsando nisso os EUA. Em 2009,<br />

US$ 35 bi foram investidos na <strong>China</strong> contra US$ 19 bi <strong>no</strong>s EUA.<br />

Em 2010, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance, o setor<br />

chinês da energia limpa recebeu US$ 51 bi.<br />

Clendenin focaliza três modelos distintos de desenvolvimento<br />

tec<strong>no</strong>lógico em aplicação pelos chineses, conforme o estágio <strong>das</strong><br />

diferentes formas de energia limpa:<br />

A. Energia Solar – as companhias chinesas continuam repousando,<br />

sobretudo, na produção de manufaturas de baixo custo destina<strong>das</strong> à<br />

exportação, com a demanda doméstica alcançando apenas 300 mW, em 2010.<br />

A <strong>China</strong> faz boa figura <strong>no</strong>s setores mais vistosos da indústria, ocupando,<br />

por exemplo, 27% do mercado mundial de células fotovoltaicas. Mas<br />

tem participação reduzida em setores de base e mais sofisticados, como<br />

o silício ultrapuro (2,5% do mercado mundial) ou os lingotes e bolachas<br />

de silício (5% do mercado mundial);<br />

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