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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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onaldo mota<br />

produtivo estão incluídos a falta de cultura de i<strong>no</strong>vação nas empresas;<br />

as dificuldades de políticas perenes em ciência e tec<strong>no</strong>logia conecta<strong>das</strong><br />

às políticas industriais; e a falta de recursos huma<strong>no</strong>s aptos ao cenário<br />

da i<strong>no</strong>vação como centralidade do desenvolvimento. Foram observa<strong>das</strong><br />

várias exceções, mas a regra do setor industrial ao longo <strong>das</strong> déca<strong>das</strong><br />

anteriores foi a importação de tec<strong>no</strong>logias e poucos investimentos em<br />

pesquisa e desenvolvimento. Da mesma forma, foi destacado que, <strong>no</strong><br />

setor do agronegócio, o <strong>Brasil</strong> teve grande sucesso tanto na produção<br />

do conhecimento como na transferência ao setor produtivo viabilizando<br />

substancial crescimento na produtividade do campo.<br />

Considerando que esta realidade está se transformando rapidamente<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e a i<strong>no</strong>vação está gradativamente se firmando como elemento<br />

central da preocupação empresarial, este assunto é de grande importância<br />

<strong>no</strong> que diz respeito ao intercâmbio de experiências, boas práticas e<br />

trabalhos conjuntos entre os dois países.<br />

Houve a definição de promoção de seminários e workshops entre<br />

<strong>Brasil</strong> e <strong>China</strong>, envolvendo empresários e acadêmicos dos dois países,<br />

bem como foi estabelecido o forte estímulo a visitas <strong>no</strong>s dois países de<br />

delegações de empresários e cientistas.<br />

Como conclusões, os participantes dos dois países construíram, a<br />

partir de frutíferas discussões, os alicerces para um <strong>no</strong>vo patamar <strong>no</strong><br />

diálogo entre <strong>Brasil</strong> e <strong>China</strong> a partir de então. Uma <strong>no</strong>va seção de diálogo<br />

de alto nível deve ocorrer em 2012, desta vez <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, constando <strong>das</strong><br />

determinações acorda<strong>das</strong> entre os mandatários máximos dos dois países,<br />

Dilma Rousseff e Hu Jintao.<br />

6. Muito Além da Complementaridade<br />

Há uma visão simples que decorre do cenário mundial atual tentando<br />

fazer crer que uma racional distribuição internacional de missões imporia<br />

a <strong>China</strong> como a grande indústria do mundo e o <strong>Brasil</strong> como celeiro<br />

natural, produtor de alimentos e provedor de minérios. Trata-se da<br />

complementaridade fotográfica, imediatista e, em perspectiva, perversa.<br />

A recente visita da Presidente Dilma Rousseff à <strong>China</strong> expressa o<br />

contraponto do pressuposto acima por demandar uma visão dinâmica<br />

que leva em conta a complexidade dos dois países e supera o simplismo<br />

da complementaridade estática.<br />

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