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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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um <strong>no</strong>vo modelo de desenvolvimento brasil - china<br />

2010 um modelo que prescinde de gasolina. Atraindo investidores como<br />

Warren Buffet, a empresa quintuplicou seu valor na Bolsa de Hong Kong<br />

em 2009 e fez de seu fundador, Wang Chuanfu, 43, o homem mais rico<br />

da <strong>China</strong>. A ascensão da BYD demonstra a atual grande ambição do<br />

capitalismo chinês em liderar o negócio <strong>das</strong> energias re<strong>no</strong>váveis – parte<br />

do pacote de estímulo de US$ 580 bilhões lançado em 2008 prioriza<br />

subsídios a tais iniciativas. A preocupação ambiental tem motivos<br />

práticos, pois 16 <strong>das</strong> 20 cidades mais poluí<strong>das</strong> do mundo estão <strong>no</strong> país,<br />

que ainda depende muito do carvão e da importação de petróleo. As<br />

duas maiores produtoras de painéis para energia solar <strong>no</strong> mundo estão<br />

na <strong>China</strong>, e grandes usinas eólicas para produzir energia a partir do vento<br />

estão em construção. Novata automobilística, o primeiro carro da BYD foi<br />

lançado em 2005. Mas a empresa é líder mundial na produção de baterias<br />

recarregáveis para celulares, laptops e iPods. É a maior fornecedora de<br />

baterias para Motorola, Philips, Nokia, Samsung, GE e Apple, entre<br />

outras gigantes. Seu primeiro carro elétrico, F3DM, pode percorrer 100<br />

km sem depender de gasolina. Quando sua bateria acaba, o motor que<br />

utiliza gasolina pode ser acionado. O veículo pode ser carregado em<br />

toma<strong>das</strong> comuns de 220 volts. Na propaganda da empresa, o proprietário<br />

deixa o carro carregando, como se fosse um celular, antes de dormir, e<br />

pode circular com ele <strong>no</strong> dia seguinte. Estações de carregamento rápido<br />

podem carregá-lo em 15 minutos. O Volt, da GM, carro similar, custa<br />

cerca de US$ 40 mil, quase o dobro do preço do modelo chinês. Apesar<br />

do frisson que o carro elétrico provoca na <strong>China</strong>, há muitos obstáculos<br />

ainda para a sua popularização. A US$ 21,7 mil a unidade, o carro<br />

elétrico ainda custa o dobro do valor de um carro convencional do mesmo<br />

tamanho. A empresa faz lobby para o gover<strong>no</strong> patrocinar uma rede de<br />

estações industriais nas quais seja possível carregar a bateria. “A BYD<br />

terá que enfrentar exigências de segurança e de distribuição de autopeças,<br />

construir uma marca forte e vencer o preconceito contra o ‘made in <strong>China</strong>’<br />

<strong>no</strong> mundo”, me disse em entrevista o analista Tian Yongqiu, diretor da<br />

consultoria <strong>China</strong> Automotive Review. Por enquanto, o que mantém a<br />

empresa lucrando são os carros convencionais F3 e F0, além do mercado<br />

de baterias. A BYD ultrapassou os 400 mil carros vendidos em 2010 – em<br />

sua maioria, carros 1.5 e 2.0 convencionais, com valores entre 80 mil<br />

e 90 mil yuans (entre R$ 20 mil e R$ 22,5 mil). No a<strong>no</strong> passado, 8.000<br />

veículos foram exportados para Rússia, Ucrânia, Egito, Peru e Chile.<br />

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