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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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jorGe arbache<br />

de desindustrialização, será preciso aproveitar a base industrial e a<br />

experiência e capacidade empreendedora para explorar industrialmente o<br />

imenso potencial brasileiro nas áreas de recursos naturais (por exemplo,<br />

energia, alimentos, minerais, ecossistemas). Tal empreitada vai requerer<br />

mais investimento em i<strong>no</strong>vação para agregação de valor 24 e melhoria do<br />

ambiente de negócios (por exemplo, capital huma<strong>no</strong>, carga tributária,<br />

infraestrutura, burocracia, câmbio e taxa de juros). Em terceiro lugar, é<br />

preciso uma diplomacia comercial e econômica mais vigorosa e ativa e<br />

equipar o país de mais e melhores recursos huma<strong>no</strong>s e institucionais de<br />

defesa comercial. Em quarto lugar, é preciso racionalizar e otimizar a<br />

utilização e exploração dos recursos naturais.<br />

Por fim, se por um lado, a crescente relação <strong>Brasil</strong>-<strong>China</strong> contribui<br />

para atenuar algumas <strong>das</strong> vulnerabilidades econômicas brasileiras,<br />

por outro lado, ela cria <strong>no</strong>vas vulnerabilidades 25 , as quais poderão se<br />

manifestar num contexto de eventual arrefecimento do crescimento chinês<br />

em razão, por exemplo, da crescente inflação ou da crise econômica<br />

internacional 26 .<br />

Referências<br />

ACIOLY, L., PINTO, E.C. e CINTRA, M.A.M. (2011), As relações<br />

bilaterais <strong>Brasil</strong>-<strong>China</strong> – A ascensão da <strong>China</strong> <strong>no</strong> sistema mundial e os<br />

desafios para o <strong>Brasil</strong>, Grupo de Trabalho sobre a <strong>China</strong>, IPEA, mimeo.<br />

ARBACHE, J. (2011a), A importância do setor de serviços para a<br />

competitividade da eco<strong>no</strong>mia brasileira, BNDES, mimeo.<br />

24 Uma sugestão para reflexão é taxar os lucros excessivos <strong>das</strong> exportações de commodities para<br />

financiar a formação de capital huma<strong>no</strong> e i<strong>no</strong>vação <strong>no</strong> país (por exemplo, bolsas de pesquisa e<br />

formação nas áreas de engenharia e ciências exatas e naturais).<br />

25 As lições da dependência da eco<strong>no</strong>mia mexicana à eco<strong>no</strong>mia americana após o NAFTA podem<br />

ser úteis para o <strong>Brasil</strong>.<br />

26 As perspectivas da eco<strong>no</strong>mia chinesa para os próximos a<strong>no</strong>s são varia<strong>das</strong> entre os analistas,<br />

o que é explicado, em parte, pelo limitado acesso a dados estatísticos e informações e pela<br />

elevada influência política nas decisões de política econômica. Alguns analistas apontam sérias<br />

fragilidades <strong>no</strong> modelo de crescimento chinês (e.g. Roubini 2011; Borst 2011), enquanto outros<br />

apontam razões para otimismo (e.g. EIU 2011). Qualquer que seja o caso, é fundamental monitorar<br />

muito de perto a eco<strong>no</strong>mia chinesa.<br />

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