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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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asil-china: políticas de ciência e tec<strong>no</strong>logia, diferenças e desafios<br />

dos mesmos, examinar os seus resultados ao longo do tempo. Esses,<br />

<strong>no</strong> caso em pauta, são indubitavelmente positivos 11 .<br />

Considerando-se agora o sistema educacional brasileiro como um<br />

todo, ele sabidamente sofre de graves deficiências, que urge serem<br />

ataca<strong>das</strong>. Foge aos propósitos desse ensaio um debate nessa direção.<br />

Embora consciente de que to<strong>das</strong> as partes do sistema se relacionam,<br />

problemas <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> primário, ou <strong>no</strong> correto domínio do inglês, como<br />

principal idioma estrangeiro, repercutindo na capacidade potencial e<br />

futura do complexo de C&T, sustento que, mesmo assim, a dinâmica<br />

dessa área é positiva.<br />

No âmbito dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento<br />

(P&D), de 2004 a 2007, em termos brutos, eles saltaram de US$ 15,5<br />

para 22,4 bilhões. Se os da Turquia, <strong>no</strong>s doze a<strong>no</strong>s de 1995 a 2007,<br />

aumentaram seis vezes 12 , ao número brasileiro há que acrescentar os<br />

pagamentos de royalties relativos às compras de tec<strong>no</strong>logia estrangeira,<br />

a maioria delas feitas pelas diversas sucursais de multinacionais aqui<br />

instala<strong>das</strong>. Além disso, várias de <strong>no</strong>ssas multinacionais adquirem<br />

tec<strong>no</strong>logia diretamente <strong>no</strong> exterior, por meio de suas unidades lá fora,<br />

e tais valores muitas vezes não estão disponíveis. A obtenção de uma<br />

série que integre essas três origens de gastos em P&D não é simples,<br />

devido às dificuldades em limpar os dados <strong>das</strong> duas últimas fontes 13 .<br />

Estimativas informais indicam que o valor final pode chegar a perto<br />

do dobro dos números anteriores.<br />

A abertura ao exterior é <strong>no</strong>tável também <strong>no</strong> que se refere aos<br />

inúmeros intercâmbios, colaborações e programas conjuntos com centros<br />

e universidades estrangeiras, algo que só faz crescer, e aceleradamente,<br />

devido ao recente interesse pelo <strong>Brasil</strong>.<br />

Essa situação globalmente encorajadora levanta, <strong>no</strong> entanto,<br />

preocupação quando se busca o foco de todos esses esforços. Aí, faltam<br />

grandes orientações e estratégias claras, e mecanismos de incentivo e<br />

11 Mencio<strong>no</strong> a CAPES por estar mais diretamente relacionada ao exemplo que dei. Não esqueço<br />

políticas interessantes do CNPq e da FINEP, por exemplo. Apenas o meu objetivo aqui não é<br />

fazer uma resenha completa <strong>das</strong> mesmas.<br />

12 De acordo com o estudo mencionado na <strong>no</strong>ta 2.<br />

13 Preços de transferência e incentivos fiscais distintos (os royalties pagos <strong>no</strong> exterior são isentos<br />

de imposto, por exemplo) são alguns dos problemas. O Ministério da Fazenda tem interesse <strong>no</strong><br />

assunto.<br />

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