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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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vera thorstensen<br />

de US$ 191 bilhões, contra US$ 50 bilhões, em 2000. Em dez a<strong>no</strong>s, o<br />

<strong>Brasil</strong> multiplicou suas exportações em 3,4 vezes e suas importações em<br />

3,8 vezes e ocupa, atualmente, o vigésimo segundo e vigésimo lugares,<br />

respectivamente, na classificação da OMC.<br />

Em termos de participação <strong>no</strong> comércio global de bens, nas<br />

exportações, de 2000 a 2010, e considerando-se a UE em conjunto e o<br />

comércio extra UE, a <strong>China</strong> passou de 5º lugar, com 5% <strong>das</strong> exportações<br />

totais, para 2º lugar, com 13,3% <strong>das</strong> exportações totais. O <strong>Brasil</strong> passou<br />

de 19º lugar, com 1,1% do total para 16º, ou 1,7% do total, mantendo<br />

posição estável na década.<br />

Na área de serviços, segundo dados da OMC, os resultados também<br />

são expressivos para o período 2000 a 2010. Nas exportações, a <strong>China</strong><br />

cresceu de US$ 30 bilhões para US$ 170 bilhões e o <strong>Brasil</strong> de US$ 9<br />

bilhões para US 30 bilhões. Ou seja, em dez a<strong>no</strong>s a <strong>China</strong> cresceu 5,7<br />

vezes e o <strong>Brasil</strong> 3,3 vezes.<br />

Em termos de participação nas exportações globais de serviços, de<br />

2000 a 2010, e considerando-se cada membro da UE, a <strong>China</strong> passou<br />

de 12º lugar, com 2,1% <strong>das</strong> exportações totais, para 3º lugar, com 6,1%<br />

<strong>das</strong> exportações totais. O <strong>Brasil</strong>, que estava abaixo dos 30 primeiros<br />

colocados, passou a 18º, cresceu de 0,6% do total para 1,1% do total.<br />

Partindo de modelos de crescimento distintos, <strong>China</strong> e <strong>Brasil</strong><br />

deram ao comércio internacional prioridades diferentes. A <strong>China</strong>, nas<br />

últimas três déca<strong>das</strong>, optou por colocar o comércio internacional como<br />

centro do seu modelo de desenvolvimento, priorizando exportações<br />

de bens via empresas estatais e estrangeiras e liberalizando suas<br />

importações. Apenas <strong>no</strong> início de 2011, sinalizou que pretende dar<br />

maior relevância ao crescimento de seu mercado inter<strong>no</strong>. O <strong>Brasil</strong><br />

optou por um modelo de desenvolvimento com prioridade para o<br />

mercado inter<strong>no</strong> e vem transformando sua agricultura em grande<br />

polo exportador.<br />

O objetivo deste artigo é analisar as relações econômicas entre <strong>Brasil</strong><br />

e <strong>China</strong>, principalmente, comércio internacional e investimentos e os<br />

impactos da política de comércio internacional da <strong>China</strong> para o <strong>Brasil</strong>. Em<br />

face da crescente presença chinesa na pauta de importações e exportações<br />

brasileiras e dos investimentos massivos que vêm sendo feitos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>,<br />

procura-se examinar os principais pontos de conflito que essas relações<br />

vêm criando. Finalmente, o artigo objetiva propor uma agenda comum<br />

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