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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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eflexões sobre a política de c,t&i da china<br />

passa a investir pesadamente em P&D, quadruplicando os investimentos<br />

entre 2000 e 2006 (Zhiyuan, 2006). Neste a<strong>no</strong>, o total de gastos em P&D<br />

chegou a US$ 420 milhões contra aproximadamente US$ 100 milhões<br />

em 2000.<br />

O complexo produtivo aeroespacial chinês conta com quase 200<br />

empresas produtivas, subsidiárias de dois conglomerados estatais:<br />

Indústrias de Aviação da <strong>China</strong> (AVIC) I e II. Em 1996, todos os ativos<br />

controlados pelo Ministério da Indústria da Aviação foram reorganizados<br />

como parte de uma grande empresa estatal. Em julho de 1999, esta foi<br />

dividida em duas empresas com o objetivo de quebrar o mo<strong>no</strong>pólio e<br />

promover competitividade. Porém, na prática, observa-se que os dois<br />

conglomerados têm mais complementaridade do que concorrência<br />

e a divisão pode ter sido mais <strong>no</strong> sentido de promover uma maior<br />

especialização e foco nas atividades. A AVIC I tem mais de 100 empresas<br />

que empregam cerca de 230 mil funcionários concentrados na fabricação<br />

de aeronaves tanto comerciais como militares. A AVIC II tem cerca<br />

de 80 empresas e institutos de pesquisa empregando mais de 200 mil<br />

funcionários concentrando-se mais em aeronaves militares (Nolan e<br />

Zhang, 2003).<br />

Especificamente na área aeroespacial, a Corporação Chinesa de<br />

C&T Aeroespacial é uma empresa estatal criada em julho de 1999, a<br />

partir da antiga Corporação Aeroespacial Chinesa. Juntamente com as<br />

suas entidades subordina<strong>das</strong>, esta empresa é especializada na concepção,<br />

desenvolvimento e fabricação de naves espaciais, veículos de lançamento<br />

estratégico e tático, sistemas de mísseis e equipamentos relacionados<br />

a terra. Em 2006, os funcionários da CASC totalizaram 109 mil e seu<br />

capital social era de cerca de US$ 1,1 bilhão (Nolan e Zhang, 2003).<br />

Em 2007, a <strong>China</strong> tinha 67 satélites em órbita, o dobro do número<br />

da Índia e seis vezes mais do que <strong>Brasil</strong> e Indonésia. Mas os números<br />

ficam ainda mais impressionantes se olharmos para as capacidades de<br />

lançamento da <strong>China</strong>. A figura 2 abaixo mostra o número acumulado de<br />

objetos espaciais chineses lançados e em órbita (incluindo satélites e<br />

naves espaciais de outros) pela República Popular da <strong>China</strong> ou em outros<br />

países desde 1975, passou de 26 em 1990 para 112 em 2007.<br />

Outro exemplo do sucesso chinês em i<strong>no</strong>vações autóctones encontra-se<br />

em energias re<strong>no</strong>váveis. Especialmente após a crise de 2008, a <strong>China</strong><br />

tem perseguido uma estratégia cada vez mais centrada na busca de<br />

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