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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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carlos aGuiar de medeiros<br />

Naturalmente, com os <strong>no</strong>vos preços os investimentos fora da <strong>China</strong><br />

(principalmente Austrália e EUA) tornaram-se mais custosos. O sinal<br />

de alerta preocupou fortemente os EUA, pois a vantagem chinesa<br />

resultava não apenas dos baixos custos, amplas reservas e sua “maior<br />

tolerância” a poluição e baixos salários, mas <strong>das</strong> <strong>no</strong>vas técnicas de refi<strong>no</strong><br />

ali desenvolvi<strong>das</strong>. Em particular, segundo o Departamento de Energia<br />

dos EUA (USDE, 2010) há riscos de abastecimento principalmente de<br />

disprósio, neodímio, térbio, európio e ítrio 21 . No entanto, a médio e<br />

longo prazos o temor não é a escassez destes materiais (embora projete-se<br />

que em breve a <strong>China</strong> deverá começar a importá-los), mas o fato de<br />

que a expansão da produção mundial poderá resultar numa derrubada<br />

dos seus preços tornando <strong>no</strong>vamente a produção fora da <strong>China</strong> inviável<br />

eco<strong>no</strong>micamente.<br />

Uma vez assegurado o controle destas matérias-primas básicas, a<br />

estratégia chinesa é de se afirmar como o maior produtor mundial de um<br />

automóvel puramente elétrico. De fato, o país já introduziu <strong>no</strong> mercado<br />

centenas de milhões de bicicletas elétricas, o primeiro veículo elétrico<br />

de mercado 22 . O elemento crítico para a expansão do carro elétrico na<br />

<strong>China</strong>, e para sua afirmação <strong>no</strong> mercado internacional, é reduzir o preço da<br />

21 Ao lado da preocupação geral americana do setor de energia, acabou de ser aprovado um<br />

Rare Earths and Critical Materials Revitalisation Act of 2010 há também a pressão militar. O<br />

Pentágo<strong>no</strong> estima que a demanda anual <strong>das</strong> forças arma<strong>das</strong> americanas é de 10 a 20 tonela<strong>das</strong><br />

de metais raros o que não chega a preocupar tendo em vista a possibilidade de garantir este<br />

suprimento e o tamanho dos estoques estratégicos destes materiais controlados pelo DOD,<br />

mas a retomada da produção nacional é fortemente defendida. Esta é a posição do Ministério<br />

da Energia e da sua ARPA-E que tem colocado amplos recursos para o desenvolvimento de<br />

magnetos permanentes com me<strong>no</strong>r uso de metais raros. Esta é parte relevante da atual corrida<br />

tec<strong>no</strong>lógica liderada pelos EUA.<br />

22 “The use of solar and wind power are set to increase exponentially in <strong>China</strong>. Green energy<br />

tech<strong>no</strong>logy is expected to become the largest consumer of rare earth elements in the future.<br />

According to Mark Smith, Chief Executive Officer of Molycorp Minerals, the company that<br />

owns and operates the Mountain Pass rare earth mine in California, “We’ve coined the term, ‘the<br />

green elements.’ because there are so many applications right <strong>no</strong>w – hybrid electric vehicles,<br />

wind powered generation …permanent magnet generators, compact fluorescent light bulbs (…)<br />

Just to name a few. Rare earths are absolutely indispensable. They (green tech<strong>no</strong>logies) will <strong>no</strong>t<br />

work without rare earths.” In its 2007 energy strategy, the Chinese government had a target of<br />

30 gigawatts capacity for wind-power. According to Fang Junshi, head of the coal department<br />

of the National Energy Administration, <strong>China</strong> will have 100 gigawatts of wind-power by 2020.<br />

“The annual growth rate will be about 20 percent,” he said. As of 2009, <strong>China</strong> has about 12<br />

gigawatts of wind-power capacity, and hopes to raise that to 20 gigawatts by 2010.44 NdFeB<br />

magnets are a critical component for some models of the new generation wind-powered turbines”<br />

(Hurst, 2010, p. 19).<br />

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