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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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asil e china na reorGanização <strong>das</strong> relações econômicas internacionais<br />

Como será a inter-relação entre as metas do décimo segundo pla<strong>no</strong> e<br />

o setor privado da eco<strong>no</strong>mia que <strong>no</strong> momento investe em i<strong>no</strong>vação?<br />

Terceiro, a taxa de poupança da <strong>China</strong> a maior historicamente de todos<br />

os países foi uma opção estratégica. Hoje o crescimento da própria<br />

eco<strong>no</strong>mia tende a aumentar o espaço financeiro e com isto criar opções<br />

antes não existentes.<br />

Finalmente a grande capacidade de compra e de investimentos<br />

exter<strong>no</strong>s da <strong>China</strong> encontra mercados mas também barreiras em todo o<br />

mundo. A resolução destes conflitos não pode prescindir de uma estratégia<br />

maior e requer uma revisão da relação entre desenvolvimento nacional<br />

e política externa.<br />

A sintonia natural que prevê Zheng Bijian entre a <strong>China</strong> e globalização<br />

parecem me<strong>no</strong>s plausíveis e faz com que antes do desejado a <strong>China</strong> tenha<br />

que modificar sua política internacional em prol do status quo. A <strong>China</strong><br />

como segunda potência econômica dificilmente poderá manter uma<br />

política externa de transformismo.<br />

Conflitos necessariamente emergem da sua primazia econômica e<br />

da sua política de investimento e compras de commodities. Até agora<br />

a resposta a estes conflitos tem sido sempre a procura de uma solução<br />

econômica a eventuais disputas.<br />

Esta política de amenização da expansão econômica levou analistas<br />

como Giovanni Arrighi a hipótese de que a <strong>no</strong>va ordem internacional<br />

pós-Guerra Fria poderia efetivamente se caracterizar por um <strong>no</strong>vo estilo<br />

de desenvolvimento regional/global que enfatiza o comércio como forma<br />

alternativa ao militarismo.<br />

Elementos de uma <strong>no</strong>va política regional neste sentido já são<br />

evidentes e o <strong>no</strong>vo tratado econômico entre a <strong>China</strong> e Taiwan é um bom<br />

exemplo 12 . No entanto o regionalismo mercantilista não é uma opção<br />

suficiente para a governança de interesses globais. Com cautela, a <strong>China</strong><br />

tem dado alguns passos i<strong>no</strong>vadores <strong>no</strong> que diz respeito a transformações<br />

<strong>das</strong> instituições financeiras internacionais e a propostas monetárias<br />

alternativas ao dólar como moeda de referência a trocas internacionais.<br />

E nesta <strong>no</strong>va fase de idealização de regras e de uma agenda de<br />

governança global alternativa que a relação estratégica do <strong>Brasil</strong> com a<br />

<strong>China</strong> pode ser i<strong>no</strong>vadora.<br />

12 Giovanni Arrighi, Adam Smith in Pekim. Boitempo, 2007.<br />

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