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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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oportunidades e desafios criados pelo desenvolvimento chinês ao brasil<br />

Com base <strong>no</strong>s fatores apresentados acima, podemos concluir que,<br />

mesmo se o gover<strong>no</strong> chinês promover uma apreciação mais rápida de<br />

sua moeda <strong>no</strong> futuro próximo, certamente a <strong>China</strong> continuará com alta<br />

competitividade internacional devido às demais particularidades de sua<br />

estrutura produtiva e financeira.<br />

Por fim, cabe ressaltar que as diretrizes do 12º Pla<strong>no</strong> Quinquenal<br />

Chinês podem indicar uma mudança <strong>no</strong> modelo de desenvolvimento<br />

chinês nas próximas déca<strong>das</strong>, em prol de uma eco<strong>no</strong>mia com salários mais<br />

elevados e com maior equilíbrio entre exportações e importações. Mais<br />

especificamente, o 12º Pla<strong>no</strong> Quinquenal menciona explicitamente como<br />

parte de seus objetivos: a elevação do salário mínimo, a criação de um<br />

sistema abrangente de bem-estar social, a expansão <strong>no</strong> consumo inter<strong>no</strong> e<br />

um crescimento mais equilibrado entre importações e exportações. Caso<br />

confirma<strong>das</strong> essas diretrizes podem ampliar e diversificar as compras<br />

internacionais da <strong>China</strong>, beneficiando países como o <strong>Brasil</strong>. Além disso,<br />

a sinalização chinesa em direção a um modelo baseado na elevação dos<br />

salários reais e na ampliação da rede de proteção social também é um<br />

fator importante para o desenvolvimento econômico e social do resto<br />

do mundo.<br />

Principais Diretrizes para o Relacionamento Econômico<br />

<strong>Brasil</strong>-<strong>China</strong><br />

O <strong>Brasil</strong> tem atualmente uma relação comercial superavitária, mas<br />

altamente assimétrica com a <strong>China</strong>. Em 2010 o <strong>Brasil</strong> registrou um<br />

saldo comercial de US$ 5,2 bilhões com a <strong>China</strong>, com exportações<br />

de US$ 30,8 bilhões e importações de US$ 25,6 bilhões. A <strong>China</strong> é<br />

hoje o principal desti<strong>no</strong> <strong>das</strong> exportações brasileiras e, em 2010, a<br />

corrente de comércio <strong>Brasil</strong>-<strong>China</strong> atingiu 2,7% do PIB brasileiro.<br />

Passando à pauta comercial, as exportações do <strong>Brasil</strong> para <strong>China</strong><br />

são hoje altamente concentra<strong>das</strong> em produtos primários (84%),<br />

enquanto as exportações da <strong>China</strong> para o <strong>Brasil</strong> se concentram em<br />

produtos industriais (87%). Nos últimos a<strong>no</strong>s, a <strong>China</strong> aumentou<br />

substancialmente sua participação nas importações totais do <strong>Brasil</strong>,<br />

atingindo quase 20% do total de importações de bens de capital e<br />

bens de consumo duráveis. Diante desse quadro, a direção estratégica<br />

para o <strong>Brasil</strong> <strong>no</strong> seu relacionamento comercial com a <strong>China</strong> é clara e<br />

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