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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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asil e china - de conflitos de interesses à busca de uma agenda comum<br />

de 2008 a 2010, caiu de 12,8% para 10% para o <strong>Brasil</strong> e voltou a 12%,<br />

em 2011, e a da <strong>China</strong> mantém-se estável entre 5,5 e 5,7% 15 .<br />

Em síntese, o desafio do <strong>Brasil</strong> para manter sua competitividade<br />

é significativamente maior, com taxas de juros muito mais eleva<strong>das</strong>,<br />

maior carga tributária e taxa de câmbio valorizada. A vantagem do <strong>Brasil</strong><br />

está na agricultura, com vastas extensões de terras aráveis, sol e água<br />

em abundância. O resultado é a concentração de exportações do <strong>Brasil</strong><br />

em produtos minerais e agrícolas, o que é de interesse da <strong>China</strong>, além<br />

da exploração <strong>das</strong> vastas reservas de minerais. Mas, a contrapartida<br />

da presente situação é a crescente importação pelo <strong>Brasil</strong> de produtos<br />

manufaturados da <strong>China</strong>, apoiados pela política cambial.<br />

Diante de tal quadro, alguns pontos poderiam constar de uma agenda<br />

positiva, a ser analisada por gover<strong>no</strong>s e empresas de ambas as partes.<br />

Dentre eles:<br />

- Melhor aproveitamento, por parte do <strong>Brasil</strong>, <strong>das</strong> quotas-tarifárias<br />

de produtos alimentares estabeleci<strong>das</strong> pela <strong>China</strong>.<br />

- Exame de uma lista de produtos agrícolas que poderiam receber<br />

maior teor de transformação <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e ter, assim, seu valor<br />

agregado aumentado, tanto por parte da indústria brasileira, quanto<br />

de investimentos chineses <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

- Negociação de uma série de Acordos de Reconhecimento Mútuos<br />

que permitam aos produtos certificados por institutos reconhecidos<br />

pelas partes acessos mais rápidos aos respectivos mercados.<br />

- Criação de um Comitê de Acompanhamento de Investimentos da<br />

<strong>China</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong>s moldes do criado <strong>no</strong>s EUA e na Comissão<br />

Europeia, para monitorar os investimentos estrangeiros <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

- Estabelecimento de uma lista de áreas prioritárias para investimentos,<br />

<strong>no</strong>s moldes praticados pela própria <strong>China</strong>.<br />

- Compromissos a serem assumidos pela <strong>China</strong> e seus empresários,<br />

de que investimentos chineses <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> estejam não só destinados<br />

ao mercado inter<strong>no</strong>, mas também à exportação e tragam aportes<br />

de <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias.<br />

- Negociação entre as partes de mecanismos para atenuar os efeitos<br />

da<strong>no</strong>sos dos desequilíbrios cambiais.<br />

15 FIESP, DEREX – Comparação econômica entre <strong>Brasil</strong> e <strong>China</strong> e a agenda bilateral<br />

possível, 2010.<br />

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