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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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asil-china: buscar convergência nas te<br />

as potencialidades do <strong>Brasil</strong> revelam-se infelizmente precárias. Tome-se,<br />

por exemplo, o Pré-Sal brasileiro. Há nele um mar de oportunidades<br />

para <strong>no</strong>vas abordagens na exploração do petróleo ao largo da costa.<br />

A possibilidade da Petrobrás participar ativamente dessas soluções<br />

i<strong>no</strong>vadoras choca-se, porém, com a carência de profissionais habilitados.<br />

O Estado de S. Paulo publicou (03.07.11) matéria assinada por Sergio<br />

Torres dando conta de um debate recente <strong>no</strong> quadro da Federação <strong>das</strong><br />

Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), <strong>no</strong> qual se estabeleceu que a<br />

Petrobrás estima em 200 mil seu déficit de profissionais para o período<br />

2011-2015, mas só está treinando 80 mil, <strong>no</strong> momento. A situação é<br />

particularmente crítica <strong>no</strong> tocante a engenheiros. O <strong>Brasil</strong> simplesmente<br />

não está formando engenheiros especializados em quantidade suficiente.<br />

Informações oriun<strong>das</strong> do Ministério do Trabalho reconhecem não haver<br />

registro de quantos engenheiros imigrantes já foram absorvidos pelo<br />

mercado ativado pela descoberta do Pré-Sal, mas confirmam que a<br />

contratação de especialistas estrangeiros está crescendo continuamente.<br />

Em 2008, entraram <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> 2.520 engenheiros estrangeiros, dos quais<br />

43 especializados em petróleo. Em 2010, entraram 4.256, com 103 para<br />

a área do petróleo.<br />

As promessas do Pré-Sal brasileiro despertam, inevitavelmente, o<br />

interesse da <strong>China</strong>, ansiosa por se garantir <strong>no</strong>s suprimentos seguros de<br />

petróleo. Tanto mais quanto as grandes companhias europeias que vivem<br />

momento de turbulência, como <strong>no</strong> caso da BP, ou mostram-se mais<br />

interessa<strong>das</strong> em explorar fontes não convencionais, como gás betumi<strong>no</strong>so<br />

ou areias petrolíferas. As estatais chinesas do petróleo, segui<strong>das</strong> de longe<br />

por grupos da Coreia do Sul, vêm assim se firmando como as grandes<br />

investidoras na <strong>no</strong>va província petrolífera do <strong>Brasil</strong>. Em maio de 2010, a<br />

Si<strong>no</strong>chem pagou US$ 3,07 bi por 40% do Campo Peregri<strong>no</strong>. No mês de<br />

outubro, a Si<strong>no</strong>pec comprou 40% <strong>das</strong> operações brasileiras da espanhola<br />

Repsol, pagando US$ 7,1 bi, o maior investimento chinês na América<br />

Latina até aquela data. Enquanto isso, e sempre na Bacia de Campos,<br />

a mesma Si<strong>no</strong>pec negociava, junto com a CNOOC, uma participação<br />

de 20% em bloco operado pela OGX, do empresário Eike Batista. Essa<br />

maciça presença chinesa <strong>no</strong> Pré-Sal brasileiro abre oportunidades de<br />

fortalecimento para a indústria brasileira, se soubermos bem aproveitar<br />

as condições de escala e continuidade de produção que a <strong>no</strong>va área<br />

oferece, por meio de políticas industriais bem concebi<strong>das</strong> e da superação<br />

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