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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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asil e china: muito além da complementaridade<br />

Certamente a indústria chinesa crescerá e a <strong>China</strong> estará presente em<br />

todos os setores da eco<strong>no</strong>mia mundial, cada vez mais. Da mesma forma,<br />

em que pese o desti<strong>no</strong> brasileiro de grande, se possível o maior, produtor<br />

mundial de alimentos, o país não abdicará de ser também um importante<br />

centro industrial e de serviços, tendo na i<strong>no</strong>vação de seus produtos e de<br />

seus processos elemento diferencial para a competição por espaços <strong>no</strong><br />

comércio internacional.<br />

É isso que sempre esteve em jogo: uma visão reducionista da<br />

complementaridade estática versus a legítima pretensão brasileira de<br />

parceria dinâmica que vai além da complementaridade e leva em conta<br />

a complexidade de dois gigantes do presente e do futuro.<br />

Constituem fatos marcantes e divisores de águas os interesses<br />

demonstrados por empresas como Foxconn, ZTE e Huawei <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. A<br />

Foxconn, detentora de mais de 30 mil patentes, empregando mais de um<br />

milhão de trabalhadores e líder mundial de componentes para a indústria<br />

eletrônica, definiu o <strong>Brasil</strong> como estratégia central para o crescimento<br />

de seus negócios. Assim, o <strong>Brasil</strong> se consolidará como a primeira nação<br />

ocidental detentora do ciclo completo da tec<strong>no</strong>logia de transistores de<br />

filmes fi<strong>no</strong>s para produção de displays de cristais líquidos para toda a<br />

cadeia que vai de celulares a telas grandes de TV, passando por painéis<br />

de automóveis, tablets e <strong>no</strong>tebooks.<br />

Nada é simples e nem imediato. São operações delica<strong>das</strong> e<br />

demandantes de ações e disponibilidades nem sempre existentes a<br />

priori. Por exemplo, ficando somente <strong>no</strong> caso ilustrativo acima, seriam<br />

necessários, de imediato, mil engenheiros e técnicos brasileiros para<br />

iniciarem suas capacitações em instalações de fábricas em Taiwan e<br />

<strong>China</strong>. Sabemos não ser simples, mas assumi-lo como impossível antes<br />

mesmo de tentar é abrir mão de <strong>no</strong>sso futuro num campo absolutamente<br />

estratégico. Como já afirmado anteriormente por outros: “Foi quase por<br />

ingenuidade, que não sabendo ser impossível, acabou-se cumprindo a<br />

missão; se soubessem que não era possível, não o teriam feito, mesmo<br />

porque sequer teriam tentado”.<br />

Ao longo do próximo período, <strong>Brasil</strong> e <strong>China</strong>, com relação ao tema<br />

i<strong>no</strong>vação, estão definindo que avançarão, e muito, na colaboração entre<br />

os dois países. Do lado brasileiro, o Ministério da Ciência e Tec<strong>no</strong>logia,<br />

em parceria com os demais ministérios, estados e municípios, associados<br />

às empresas do setor e aos institutos de pesquisa e universidades<br />

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