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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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o diáloGo estratéGico si<strong>no</strong>-brasileiro<br />

É neste sentido que deve ser compreendido o apelo da Chefia<br />

do Executivo brasileiro à i<strong>no</strong>vação e criatividade para explorar as<br />

potencialidades do relacionamento si<strong>no</strong>-brasileiro. Sobretudo na<br />

ampliação dos laços comerciais e <strong>no</strong> desenvolvimento de <strong>no</strong>vas áreas<br />

de cooperação <strong>no</strong> terre<strong>no</strong> da produção de alta tec<strong>no</strong>logia, com vista a<br />

maximizar a cooperação econômica e financeira e elevar o nível da<br />

parceria estratégica si<strong>no</strong>-brasileira.<br />

A i<strong>no</strong>vação e a criatividade devem ser vistas pelas autoridades<br />

máximas do <strong>Brasil</strong> e da <strong>China</strong> como recursos para a efetivação dos<br />

principais acordos de cooperação elaborados por representantes de<br />

diversos setores de ponta da eco<strong>no</strong>mia, <strong>das</strong> finanças, e da ciência e<br />

tec<strong>no</strong>logia si<strong>no</strong>-brasileira, mas também como desafio à imaginação<br />

da sua liderança política e estratégica. Ao examinarem-se alguns<br />

dos acordos assinados por Dilma Rousseff e Hu Jintao, em abril<br />

de 2011, voltados para a cooperação em áreas como energia e<br />

recursos minerais, tec<strong>no</strong>logias energéticas, agronegócio e alimento,<br />

infraestrutura, transporte, aeronáutica, telecomunicações, <strong>no</strong>vas<br />

tec<strong>no</strong>logias de informação, constata-se que eles apontam para a<br />

elevação do conteúdo estratégico e o significado global da parceria<br />

si<strong>no</strong>-brasileira, com inevitável repercussão <strong>no</strong>s rumos da política<br />

exterior e de defesa dos dois grandes países.<br />

Desse modo pode ser criativo e i<strong>no</strong>vador passar da discussão<br />

interminável sobre os efeitos negativos da chamada “guerra<br />

cambial” para uma positiva pauta de intercâmbio industrial na<br />

área da defesa. Dado que as características que presidem a <strong>no</strong>ssa<br />

estratégia nacional de defesa, orientada para responder ao duplo<br />

desafio da segurança e do desenvolvimento, são similares às da<br />

estratégia nacional chinesa tal como expostas <strong>no</strong> Livro Branco de<br />

Defesa da R. P. da <strong>China</strong>, <strong>no</strong>meadamente <strong>no</strong> que tange a desenvolver<br />

tec<strong>no</strong>logias <strong>no</strong> campo do nuclear, do aeroespacial, da informática<br />

e da na<strong>no</strong>tec<strong>no</strong>logia, é visível a existência de uma área de atuação<br />

onde pode e deve prosperar o desenvolvimento comum. Sobretudo<br />

<strong>no</strong> capítulo da transferência de tec<strong>no</strong>logia sobre a qual o mundo<br />

industrial desenvolvido cria barreiras e obstáculos crescentes, o<br />

<strong>Brasil</strong> e a <strong>China</strong> poderiam desenvolver setores industriais inteiros,<br />

baseando-se <strong>no</strong> intercâmbio dos fatores favoráveis de mercado e<br />

mão de obra mobilizada pelos dois países.<br />

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