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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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josé botafoGo Gonçalves<br />

Cabe aqui um registro especial sobre o Chile. Este país, nas últimas<br />

déca<strong>das</strong>, escreveu uma história de sucesso. Depois da traumática<br />

experiência do regime militar, o Chile optou, <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> inter<strong>no</strong>, por uma<br />

concertação política majoritária e eficaz e, <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> exter<strong>no</strong>, trilhou o<br />

caminho do cavaleiro solitário negociando acordos de livre comércio com<br />

os EUA e outros que lhe ajudaram a dinamizar os poucos mas rentáveis<br />

setores competitivos de sua eco<strong>no</strong>mia, tais como cobre, vinhos, frutas e<br />

pescados. Nesse mesmo período, a desordem política e macroeconômica<br />

do resto da América do Sul (Mercosul inclusive) desestimulou qualquer<br />

projeto mais ambicioso de integração regional sul-americana com o Chile.<br />

A realidade, contudo está mudando. O acordo de livre comércio com<br />

os EUA pode ter sido condição necessária, mas não necessariamente<br />

suficiente, de garantia de crescimento duradouro para a eco<strong>no</strong>mia chilena.<br />

A restauração democrática <strong>no</strong> resto da América do Sul – a despeito <strong>das</strong><br />

zonas cinzentas – e o crescente respeito à ortodoxia macroeconômica<br />

estão levando o Chile a olhar para os vizinhos com atitudes me<strong>no</strong>s<br />

preconceituosas e superiores, seja porque os então “vizinhos pobres”<br />

estão vendendo cada vez mais ao Chile, seja porque os mercados inter<strong>no</strong>s<br />

dos vizinhos provocam um legítimo interesse por parte dos investidores<br />

institucionais chile<strong>no</strong>s.<br />

Em resumo, é chegada a hora de incorporar crescentemente o Chile<br />

na discussão dos objetivos estratégicos de desenvolvimento do <strong>Brasil</strong>,<br />

tanto na ótica bilateral como na ótica sub-regional.<br />

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