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Brasil e China no Reordenamento das Relações ... - Funag

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severi<strong>no</strong> cabral<br />

“O mundo do século XXI, senhoras e senhores, requer criatividade para forjar<br />

<strong>no</strong>vos laços entre regiões e continentes. A Ásia e a América Latina podem e devem<br />

estreitar seus vínculos, seus laços, seus negócios e suas parcerias, reduzindo<br />

distâncias físicas, aproximando visões de mundo, integrando povos e culturas”.<br />

Dilma Rousseff. Discurso de abertura do Fórum BOAO, Hainan/<strong>China</strong>, 15 de<br />

abril de 2011.<br />

O Diálogo Estratégico Si<strong>no</strong>-<strong>Brasil</strong>eiro visa especialmente refletir<br />

e avaliar sob vários aspectos o extraordinário desenvolvimento atual<br />

da <strong>China</strong> e do <strong>Brasil</strong> como países emergentes, bem como acentuar a<br />

importância estratégica do relacionamento cultural e acadêmico si<strong>no</strong>-<br />

-brasileiro em meio às transformações da cena internacional na primeira<br />

década do século XXI.<br />

O começo do século XXI e do Terceiro Milênio parece configurar<br />

uma <strong>no</strong>va e complexa ordem mundial. Nela, a <strong>China</strong> aparece cada vez<br />

mais como o ator mais relevante do sistema mundial, acontecimento que<br />

está às vésperas de transformar a realidade internacional, enquanto o<br />

<strong>Brasil</strong> segue sendo o maior país em desenvolvimento e a mais importante<br />

eco<strong>no</strong>mia do hemisfério sul do globo.<br />

Neste contexto o <strong>Brasil</strong> e a <strong>China</strong> aparecem como megaregiões,<br />

autossatisfeitas territorialmente, desafia<strong>das</strong> a desenvolver-se para<br />

atingir padrões mais altos de riqueza e poderio nacional. Como futuros<br />

megaestados, encontram-se inseridos num processo de mudanças<br />

globais, <strong>no</strong> qual algumas tendências parecem ser ameaçadoras para<br />

os objetivos comuns de sustentação de seus projetos econômicos de<br />

desenvolvimento, os quais visam gerar mais harmonia social, estabilidade<br />

e unidade política.<br />

Os acontecimentos deste começo de século e de milênio – sobretudo<br />

os sérios abalos causados à eco<strong>no</strong>mia global pela crise financeira que<br />

se apoderou dos mercados dos países desenvolvidos – apontam para a<br />

necessidade de uma <strong>no</strong>va pauta mundial. Os caminhos complexos e o<br />

relacionamento si<strong>no</strong>-brasileiro deverão situar-se como um ponto decisivo<br />

para configurar uma <strong>no</strong>va ordem política internacional multipolar. Uma<br />

<strong>no</strong>va ordem que significa transformar a atual estrutura econômica e<br />

política internacional. Essa é uma <strong>das</strong> razões que solicitam aos estadistas e<br />

diplomatas dos dois países um esforço concertado para criar instrumentos<br />

que levem à concretização dessa <strong>no</strong>va pauta mundial.<br />

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