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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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O esta<strong>do</strong>-da-arte 107<br />

Campanhas que promovam o turismo cultural, voltadas para o turista tradi-<br />

cio<strong>na</strong>l, em especial para aqueles que viajam em grupos familiares. Igualmente,<br />

campanhas que, de certa forma, respeitadas as técnicas de comunicação, cons-<br />

tranjam o consumo <strong>do</strong> turismo <strong>sexual</strong> (Organização A).<br />

Panfletos, palestras e divulgação (Organização B).<br />

O representante da organização “A” diz que a sua empresa desenvolve<br />

ações voltadas para o combate à <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> comercial de crianças<br />

e a<strong>do</strong>lescentes, por meio de apoio à divulgação das campanhas promovidas<br />

pelo governo federal. Cabe ressaltar que tais iniciativas não envolvem os funcionários<br />

da organização, se dan<strong>do</strong> ape<strong>na</strong>s em âmbito externo por meio de<br />

uma parceria muito pontual. O diretor da organização “B” afirma que ela não<br />

desenvolve trabalho relacio<strong>na</strong><strong>do</strong> a essa questão, mas apóia iniciativas de seus<br />

associa<strong>do</strong>s.<br />

Pergunta<strong>do</strong>s como cada representante a<strong>na</strong>lisa o papel das instituições<br />

brasileiras (Esta<strong>do</strong>, merca<strong>do</strong>, sociedade civil) em relação ao combate à <strong>exploração</strong><br />

<strong>sexual</strong> de crianças e a<strong>do</strong>lescentes, a visão é muito pessimista. Não reconhecem<br />

a presença <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no enfrentamento dessa situação e não vêem o<br />

merca<strong>do</strong> ou a sociedade civil desenvolven<strong>do</strong> ações efetivas (ape<strong>na</strong>s paliativas)<br />

para promover o turismo que respeite os direitos das crianças e a<strong>do</strong>lescentes.<br />

É importante frisar que eles observam a preocupação que as empresas têm em<br />

cumprir as leis, mas não há a preocupação com a responsabilidade social.<br />

A atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> é omissa quanto aos direitos da criança, normalmente ex-<br />

posta à <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong>, e a sociedade civil pouco se manifesta para exigir que<br />

esse direito seja cumpri<strong>do</strong>. O merca<strong>do</strong> cumpre as determi<strong>na</strong>ções legais, mas não<br />

vai além desse limite formal (Organização A).<br />

O <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Turismo</strong> vem trabalhan<strong>do</strong> a questão assim como o merca<strong>do</strong> atra-<br />

vés das entidades, porém, individualmente, as empresas ainda não se preocupam<br />

com o combate <strong>do</strong> turismo <strong>sexual</strong>, tampouco a sociedade civil (Organização B).<br />

Essa visão apresenta uma contradição com a resposta seguinte. Ao serem<br />

pergunta<strong>do</strong>s se o combate à <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> comercial de crianças e a<strong>do</strong>lescentes<br />

é uma questão prioritária para a cadeia <strong>do</strong> turismo, ambos afirmaram

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