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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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Conclusão 257<br />

no caso específico <strong>do</strong> nosso estu<strong>do</strong> — <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> da infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

— significaria dispor de facilidades aos demandantes <strong>do</strong> denomi<strong>na</strong><strong>do</strong><br />

“turismo <strong>sexual</strong>”. Felizmente essa não é a norma instalada no país. Estu<strong>do</strong>s e<br />

casos descritos neste livro apontam em outra direção. A contemporânea categorização<br />

de turismo sustentável já é uma realidade no território brasileiro.<br />

Sustentabilidade que não se caracteriza ape<strong>na</strong>s pelos aspectos econômicos e<br />

ambientais <strong>do</strong> espaço <strong>turístico</strong> utiliza<strong>do</strong>, mas, também, preocupações com as<br />

questões de <strong>na</strong>tureza social e cultural são priorizadas.<br />

Um elemento adicio<strong>na</strong>l a essa discussão seria não só a ampliação, divulgação<br />

de estu<strong>do</strong>s e intenções de combate à <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> da infância e<br />

a<strong>do</strong>lescência, através <strong>do</strong>s mais diferentes meios de difusão, mas a promoção<br />

de eventos no território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, com preocupação de repercussão inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l,<br />

que contribuam para a conscientização <strong>do</strong> problema. Esses eventos deveriam<br />

envolver os mais diferentes segmentos da sociedade, contan<strong>do</strong> com a<br />

participação <strong>do</strong>s poderes públicos a partir das suas distintas funções, desde as<br />

relacio<strong>na</strong>das ao fomento <strong>do</strong> <strong>setor</strong> àquelas que vão de encontro a suas nefastas<br />

práticas; <strong>do</strong>s agentes econômicos que de forma direta ou indireta relacionemse<br />

com a atividade turística; e organizações da sociedade civil que atuem ou<br />

tenham potencial para atuar nessa atividade. Não devemos esquecer que nesses<br />

espaços públicos, caracteriza<strong>do</strong>s sob a forma de seminários, fóruns, pai-<br />

néis etc., caberiam estar presentes aquelas organizações religiosas que, sem proselitismo<br />

fundamentalista, venham contribuin<strong>do</strong> para a discussão <strong>do</strong> problema.<br />

Da<strong>do</strong> o problema em questão — <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> da infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

no <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> — e que o projeto da pesquisa ficou limita<strong>do</strong> a quatro<br />

cidades e uma região, não se pretendeu com a organização deste estu<strong>do</strong> identificar<br />

o real esta<strong>do</strong> em que se encontra o problema <strong>na</strong> sociedade brasileira. Parece<br />

existir similitude <strong>na</strong>s descrições feitas pelos cinco grupos de pesquisa, isto<br />

é, as análises poderiam apontar que a situação da <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> da infância<br />

e a<strong>do</strong>lescência no Brasil tem uma configuração similar, apesar de matizes<br />

econômicos, geográficos e até étnicos diferenciarem, em algumas situações, o<br />

problema. No entanto, o problema é <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l com repercussão inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<br />

e, como tal, deve ser combati<strong>do</strong>. Por sua vez, limitações <strong>na</strong> implementação da<br />

pesquisa, ou seja, no desenvolvimento <strong>do</strong> que foi planeja<strong>do</strong>, tanto <strong>do</strong> ponto<br />

de vista meto<strong>do</strong>lógico quanto operacio<strong>na</strong>l impediram que o texto guarde semelhança<br />

entre eles.

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